No topo da escada

Para Aristóteles, o homem estaria no topo da escada da criação, pois, além da capacidade de crescer, se alimentar e se multiplicar ele tem a capacidade de observar o mundo que o cerca e de se locomover na natureza. E, segundo o renomado escritor Jostein Gaarder em sua festejada obra “O Mundo de Sofia”, Romance da História da Filosofia: “…Todas as pessoas têm, somado a tudo isto, a capacidade de pensar”. Ou seja, o homem tem uma característica muito especial que só ele possui: a capacidade de pensar racionalmente. Dessa forma o ilustre cientista e sistematizador da filosofia antiga teria especulado que o homem carrega em si uma centelha da razão divina e nesta esteira de pensamento conclui que dever haver um DEUS que colocou em marcha todos os movimentos da natureza, o qual ele chamou de motor primeiro. E assim, em sua concepção, acima do homem estaria este Deus, no cume da escada da natureza. De fato, revela-se muito interessante o pensamento Aristotélico neste particular. E, partindo destas máximas, caberiam algumas indagações que não se calam: “será que realmente estamos no topo desta escada natural? E em caso afirmativo, será que estamos pensando mesmo de forma racional ou, ainda, somos guiados pelos nossos instintos, prazeres e pendores? Será que de posse desta centelha divina racional estamos cumprindo o nosso papel de cocriadores do universo ou seguimos alienados e cegos pelos imensos faróis do ego, do orgulho e do egoísmo. Será que estamos tentamos viver em rede conectados com o todo universal ou destruímos o nosso planeta, a nossa casa e atacamos os demais seres e também os nossos irmãos da imensa fraternidade universal? É preciso meditar sobre tais questões fundamentais. Bom fim de semana. Repousemos…