Bem-estar

Harvard realiza estudo sobre felicidade há 80 anos; veja o que já descobriram

Após mais de oito décadas de pesquisa em Harvard, o estudo mais duradouro sobre felicidade revela a verdadeira fonte de bem-estar

Por Isabella Bisordi 

Desde 1938, a Universidade de Harvard conduz um dos estudos mais extensos já realizados sobre o desenvolvimento humano. O Estudo de Desenvolvimento Adulto começou acompanhando 268 estudantes da universidade e, com o tempo, foi ampliado para incluir mais de dois mil participantes e seus descendentes. A pergunta central sempre foi a mesma: o que realmente traz felicidade e longevidade?
Após mais de 80 anos de observação, os resultados são claros: os laços afetivos são o maior determinante da felicidade e da saúde duradoura. Pessoas com relacionamentos calorosos — sejam eles familiares, amorosos ou de amizade — vivem mais, enfrentam melhor o estresse e apresentam menor risco de doenças físicas e mentais.

Em contrapartida, a solidão mostrou-se tão prejudicial quanto o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Segundo o psiquiatra Robert Waldinger, atual diretor do estudo, “a solidão mata”. Os pesquisadores descobriram ainda que aqueles que se declaravam mais satisfeitos com seus relacionamentos aos 50 anos eram também os mais saudáveis aos 80. Relações fortes, de confiança e afeto, funcionam como uma espécie de escudo protetor contra o desgaste emocional e o envelhecimento precoce.

Viver isolado não afeta apenas o humor. Também aumenta o risco de doenças cardiovasculares, acelera o declínio cognitivo e fragiliza o sistema imunológico. O estudo descreve a solidão como “tóxica”, pois mina a vitalidade e o propósito de vida. Pessoas com poucos vínculos sociais tendem a apresentar mais dores físicas, insônia e níveis elevados de estresse.

Sete hábitos que favorecem a felicidade, segundo Harvard
Um dos braços da pesquisa, conhecido como Grant Study, identificou hábitos que se repetem entre as pessoas mais felizes e saudáveis. São eles:
1. Evitar o consumo excessivo de álcool;
2. Manter um peso equilibrado;
3. Praticar exercícios físicos regularmente;
4. Aprender a lidar com conflitos e reduzir o estresse;
5. Alimentar a curiosidade e continuar aprendendo;
6. Preservar amizades e vínculos amorosos estáveis;
7. Participar ativamente da comunidade ou de grupos sociais.

Esses hábitos se complementam e têm um ponto em comum: todos passam pelo relacionamento consigo mesmo e com os outros. Ao longo das décadas, o estudo derrubou uma crença comum: sucesso e riqueza não garantem bem-estar duradouro. O que realmente faz diferença é ter com quem compartilhar a vida — alguém para ouvir, apoiar e celebrar os pequenos e grandes momentos.

Fonte: Bons Fluidos

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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