Novo medicamento para aliviar ondas de calor da menopausa é aprovado nos EUA

O fármaco não hormonal surge como uma alternativa segura, livre dos efeitos colaterais comuns causados pelos tratamentos tradicionais
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de saúde dos Estados Unidos, aprovou um medicamento capaz de reduzir as ondas de calor da menopausa, que afetam cerca de 90% das mulheres durante o climatério. O fármaco não hormonal, chamado elinzanetant, surge como uma alternativa livre dos efeitos colaterais dos tratamentos já disponíveis.
Os conhecidos “calorões”, que surgem com intensidade nos dois primeiros anos após o fim da menstruação, são ocasionados pela diminuição dos níveis de estrogênio. Como consequência, eles provocam não somente desconfortos, impactando diretamente a rotina, como podem resultar em problemas cardiovasculares.
Alguns estudos apontam a relação dos fogachos com a incidência de doenças causadas por lesões nas artérias coronárias, as coronariopatias, e com acidentes vasculares cerebrais. Além disso, quando ocorrem durante a noite, os famosos suores noturnos prejudicam o sono e podem causar alterações de humor, ansiedade e irritabilidade”, explicou a ginecologista Natacha Machado, em seu site.
Normalmente, as terapias hormonais são as mais indicadas para tratar as ondas de calor e garantir qualidade de vida. Entretanto, esses medicamentos apresentam efeitos adversos, como sensibilidade nas mamas, inchaço, dores de cabeça ou sangramento de escape. Especialistas apontam ainda que, a longo prazo, eles podem aumentar o risco de coágulos sanguíneos, derrames e determinados tipos de câncer.
Os fármacos tradicionais, portanto, são contraindicados para aquelas que já possuem histórico dessas condições. Nesses casos, o novo remédio, feito em cápsulas de gel pela farmacêutica Bayer, seria um possível substituto. Isso porque, após uma série de testes com mulheres de 40 a 65 anos, o elinzanetant se mostrou eficaz no combate aos “calorões”.
De acordo com os especialistas, foi possível observar reduções significativas na ocorrência dos episódios já na primeira semana. Ademais, as participantes apresentaram melhora na qualidade do sono e mais conforto no dia a dia. Os efeitos colaterais, por sua vez, foram leves, causando com mais frequência dor de cabeça e fadiga.
Com a aprovação do elinzanetant pelo FDA, as mulheres terão acesso a uma terapia nova, segura e eficaz para o rompimento das ondas de calor e suores noturnos”, afirmou a pesquisadora líder nos EUA do ensaio clínico Oasis II, JoAnn V. Pinkerton, em comunicado.
Fonte: Bons Fluidos












