Primeiro techno sport do mundo chega ao Brasil após sucesso na Ásia
Jogo que mistura realidade aumentada e atividade física deve se tornar sensação entre vários grupos, de gamers a esportistas – e até ganhar campeonatos no País
Quem associa videogames ao sedentarismo já pode rever seus conceitos. Os chamados techno sports chegaram para ficar e ser uma tendência entre os brasileiros. Conhecidos por unir a experiência da realidade aumentada com a atividade física, esses jogos divertem por misturar as pirotecnias dos games com a movimentação e adrenalina dos esportes.
No último dia 6, a empresa brasileira Trianons trouxe para o Brasil o Hado, o primeiro techno sport do mundo, que foi desenvolvido pela startup Meleap, do Japão, onde o jogo é muito popular. “Lá, os campeonatos são transmitidos na TV”, exemplifica Juliano Kimura, que trabalha no mercado de games há quase 20 anos e é fundador da Trianons.
Os jogos do Hado são ativados por uma máscara de realidade aumentada e um sensor de movimento no braço que dispensa o uso de controles ou cabos, garantindo que o jogador tenha total liberdade para se movimentar e interagir com o meio digital.
Com essa tecnologia, é possível se divertir em diversas modalidades. Na Ásia, há versões do jogo em que as pessoas brincam de kart ou lutam contra monstros, por exemplo. Na arena itinerante instalada em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, convidados puderam testar, no evento desta semana, uma versão do jogo que simula uma espécie de queimada, na qual os participantes devem jogar “bolas” de energia contra a equipe rival em uma partida de 80 segundos — foram mais de 100 durante o evento de lançamento.
Cada jogador pode configurar uma estratégia própria, usando quatro atributos básicos: a velocidade do tiro, a velocidade de recarga, a força do escudo e o tamanho da esfera de energia”
“Cada jogador pode configurar uma estratégia própria, usando quatro atributos básicos: a velocidade do tiro, a velocidade de recarga, a força do escudo e o tamanho da esfera de energia”, explica Kimura. “É um jogo bem estratégico”.
A expectativa da Trianons é expandir o negócio e lançar, ainda em 2020, pelo menos 13 arenas para que mais pessoas possam se divertir com Hado. Para isso, a empresa está em contato e em negociação com os setores de eventos, shoppings, academias, clubes desportivos, laboratórios de inovação e institutos de educação.
“O público brasileiro é muito receptivo e engajado, tanto nas redes sociais quanto na organização de eventos e campeonatos, então estamos muito animados com o futuro do techno sport por aqui”, afirmou Juliano.
No mundo, mais de 600 mil pessoas jogam o Hado, que já foi distribuído por 10 países e tem cerca de 60 arenas em funcionamento. Ao contrário dos e-sports, que são jogados de forma convencional, com os atributos do avatar escolhido, os techno sports exigem esforço e condicionamento físico do jogador, ainda que imerso na realidade aumentada.
O público brasileiro é muito receptivo e engajado, tanto nas redes sociais quanto na organização de eventos e campeonatos, então estamos muito animados com o futuro do techno sport por aqui”
Pode parecer entediante — ou engraçado — assistir a uma partida onde todos os jogadores estão “vendados” com suas máscaras, fazendo movimentos estranhos com os braços e jogando bolas invisíveis contra o time rival. Aparentemente, nada acontece, mas para quem está em quadra, é uma experiência incrivelmente imersiva.
Antes do jogo realmente começar, os coordenadores da partida dão um tempo para que você se acostume com os movimentos e estratégias possíveis para se proteger e atacar o adversário. Passado o treino, a partida, por mais curta que seja, é pura adrenalina. Além de lembrar dos comandos, você deve estar atento para desviar das esferas de energia que vem em sua direção.
O público pode acompanhar tudo através de um telão ao lado da quadra, mas a emoção mesmo está em experimentar o jogo na prática.
Fonte: Galileu.com