Apoio de cabeça inteligente pode “sentir” acidente e literalmente salvar o seu pescoço
Um item de segurança que costuma passar despercebido pelos motoristas são os apoios de cabeça móveis, que podem oferecer proteção contra movimentos bruscos em caso de colisão. Na prática, os modelos presentes em carros modernos usam o movimento do corpo para impulsionar o apoio para mais perto da cabeça quando um carro é atingido na traseira, o que impede que as cabeças dos ocupantes sejam empurradas violentamente para trás, gerando lesões graves e até fatais.
A empresa canadense Windsor Machine Group quer ir além e trabalha para criar apoios inteligentes e capazes de “sentir” uma colisão momentos antes que aconteça, o que oferecerá um grau de segurança ainda maior.
Como funciona a tecnologia?
Assim como os sistemas de pré-colisão, os encostos chamados de True Active podem detectar uma colisão traseira antes que ela aconteça e usar os seus motores de ajuste para se mover para a posição correta mais rápido.
A Windsor explica que a sua criação não é muito diferente dos modelos elétricos e ajustáveis. A grande diferença é que os motores são ligados a uma câmera junto com sensores montados no para-choque traseiro de um veículo. Um software utiliza essas ferramentas para decidir quando uma situação de colisão é iminente.
Nesse caso, os motores internos ajustam o encosto de cabeça para a frente, aproximando-o da cabeça do motorista e passageiros. O que, segundo os criadores, leva sete décimos de segundo. A rapidez pode reduzir e até eliminar lesões cervicais, ressaltam os criadores do projeto.
“É uma oportunidade de colocar os ocupantes em uma posição melhor antes do impacto e melhorar as coisas mais cedo em um acidente”, disse Marcy Edwards, engenheira de pesquisa sênior do Insurance Institute for Highway Safety (IIHS).
A novidade já foi testada em julho deste ano. Agora, os engenheiros estão examinando os dados coletados de dois carros, um deles com o recurso instalado. Os resultados devem sair em setembro. É esperado que o IIHS pressione as montadoras a instalar sistemas similares caso os testes mostrem um potencial para reduzir lesões cervicais.
Fonte: Olhar Digital