Tecnologia & Inovação

Robô submarino parte para primeira circum-navegação autônoma do globo

Robô que levará a cabo a Missão Sentinela, que pretende circundar o planeta de forma autônoma

Pesquisadores da Universidade Rutgers, nos EUA, lançaram ao mar um robô submarino autônomo, chamado Redwing, para uma missão histórica de cinco anos: Completar a primeira viagem de circum-navegação do planeta feita por um robô submarino.
Embora já existam robôs submarinos monitorando todos os oceanos da Terra, eles ainda são poucos para dar ao mar a atenção que ele merece. Há projetos que pretendem enviar enxames deles para desvendar os segredos da vida marinha e, claro, iniciar a corrida pela soberania e pelas riquezas minerais do leito dos oceanos.

Mas o problema central que motiva esta nova missão é a carência de dados contínuos e em larga escala dos oceanos, dados esses que são essenciais para prever eventos climáticos extremos e entender as mudanças no clima global. Os oceanos regulam o clima e o tempo do planeta, mas a sua vastidão e profundidade tornam seu monitoramento difícil e caro.

O objetivo agora é testar a capacidade dos robôs submarinos para operar de forma completamente autônoma por anos, coletando dados vitais enquanto navegam pelas correntes oceânicas. Diferente dos robôs e submarinos com propulsores, o Redwing é um planador subaquático, que se movimenta ajustando sua flutuabilidade. Ao bombear óleo para um reservatório externo, o robô fica mais denso que a água e mergulha; ao retornar o óleo, ele fica mais leve e sobe.

Hidrofólios especiais fazem então seu trabalho, funcionando como asas: O movimento de mergulho e subida é convertido em um deslocamento para frente, seguindo um padrão em zigue-zague, um método extremamente eficiente em termos de consumo energia.

Construído com um casco de fibra de carbono, o robô carrega sensores que medem a temperatura, a salinidade e a profundidade da água, gerando uma visão tridimensional do oceano. Um rastreador também permite detectar animais marinhos marcados, revelando suas rotas migratórias. A cada oito a 12 horas, o robô sobe à superfície e transmite os dados via satélite para a base.

Fonte: Inovação Tecnológica

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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