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Shoppings brasileiros exibem curta em realidade virtual premiado em Veneza

Experiência imersiva está disponível em São Paulo e Curitiba. Público pode interagir com a história de amor entre um entregador de jornais e uma florista, narrada por Rodrigo Santoro

O Voyager, espaço em São Paulo e Curitiba especializado em realidade virtual, traz para seu catálogo uma experiência diferente: A Linha, curta-metragem no qual o espectador pode fazer parte da história. O filme tem como pano de fundo uma maquete da cidade de São Paulo dos anos 1940, que ambienta o romance entre Pedro, um entregador de jornal, e Rosa, uma florista.
No curta, Pedro segue a mesma rotina todos os dias, entregando flores para Rosa numa tentativa de se declarar para ela. Até que, um dia, ele resolve mudar a estratégia e, consequentemente, toda sua vida. Com 15 minutos, a experiência está disponível em português e inglês (com narração de Rodrigo Santoro no idioma estrangeiro).
“O filme tem duas camadas: a primeira é uma história de amor e a segunda fala sobre pequenas mudanças no cotidiano que podem transformar nossos rumos. O curta questiona o trilho em que andamos todos os dias”, conta o diretor do curta, Ricardo Laganaro, à Galileu.
Produzido pelo estúdio ARVORE, o curta foi vencedor da categoria de realidade virtual do 76º Festival Internacional de Cinema de Veneza, que aconteceu entre agosto e setembro de 2019. “O prêmio provou que, com uma equipe brasileira, é possível contar uma história que ganha um festival desse nível. Isso mostra que estamos crescendo junto com o mercado internacional e desenvolvendo a tecnologia necessária para sermos protagonistas no assunto”, declara Ricardo.
Para Rodrigo Terra, sócio-fundador do Voyager e do ARVORE, a realidade virtual é uma nova forma de contar histórias. “O diferencial entre o cinema, a televisão e o VR [sigla em inglês para realidade virtual] é que esse último possibilita a interação entre o corpo e a experiência. Em relação ao [curta] A Linha, nossa expectativa é que o público seja tocado pela sensibilidade da narrativa”, diz.

O filme “A Linha” é uma experiência de realidade virtual (Foto: Divulgação)

Testamos

A história de amor entre Pedro e Rosa é realmente instigante. O espectador interage com a maquete ajudando o jovem entregador a cumprir seu destino por meio de botões e alavancas. Sua missão é fazer com que ele conclua a rota e chegue até a florista amada.
Ao longo do filme, não é possível ficar parado: é preciso sentar, levantar e abaixar para acompanhar os movimentos de Pedro e conseguir ajudá-lo. Tudo é guiado pela narração, que transporta o “jogador” para dentro da história.

O cenário da experiência é a São Paulo dos anos 1940 (Foto: Divulgação)

Serviço

Além do filme, o Voyager conta com cerca de 30 experiências. Entre elas, sucessos como os jogos de música Beat Saber e Superhot VR, além de games de luta, simuladores de corrida e experiências de escape room com realidade virtual baseadas no universo de Assassin’s Creed.
Os visitantes das unidades dos shoppings JK Iguatemi, em São Paulo, e Pátio Batel, em Curitiba, podem acessar os espaços por preços a partir de R$ 19,90, que dá direito a 15 minutos de experimentação (exceto jogos de escape room em VR), de segunda a quinta. Os valores variam de acordo com o dia da semana, do tipo de experiência e do tempo de permanência na unidade.

Em A Linha, Rosa se apaixona por Pedro, que lhe entrega flores amarelas todos os dias (Foto: Divulgação)

Fonte: Galileu.com

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