Ciência

Hubble comemora 30 anos com imagem inédita de região de formação estelar

A imagem divulgada pela Nasa e ESA retrata o “Recife Cósmico”, duas nebulosas localizadas na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia vizinha à Via Láctea

Há exatos 30 anos, o telescópio espacial mais querido e trabalhador desse Sistema Solar foi lançado na órbita terrestre, de onde tem nos permitido uma série de descobertas sobre o Espaço e redefinido nossa visão do Universo.
“O Telescópio Espacial Hubble moldou a imaginação de toda uma geração, inspirando não apenas cientistas, mas quase todo mundo”, celebra Günther Hasinger, diretor de ciência da Agência Espacial Europeia (ESA). “É fundamental para a cooperação excelente e duradoura entre a Nasa e a ESA”.
Para comemorar as três décadas de trabalho árduo do Hubble, as agências espaciais divulgaram uma imagem inédita tirada pelo telescópio. A foto retrata a gigante nebulosa NGC 2014 e sua vizinha NGC 2020, que fazem parte da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea a 163 mil anos-luz e é famosa por ser um berçário de estrelas.
Por lembrar o mundo submarino, a imagem foi chamada de Recife Cósmico. Mas, na verdade, o que a foto revela é “como estrelas massivas e enérgicas esculpem suas casas de gás e poeira”, como dizem as agências espaciais, em nota. Apesar de parecerem separadas na imagem de luz visível, elas fazem parte de um enorme complexo de formação estelar dominado por estrelas, no mínimo, 10 vezes mais brilhantes do que o Sol — mas que vivem apenas alguns milhões de anos, enquanto a nossa estrela já completou pelo menos 10 bilhões de aniversários.
No centro da imagem, é possível observar um agrupamento de estrelas que explodiu seu casulo de gás hidrogênio e poeira (colorido em vermelho). Com a explosão, uma torrente de radiação ultravioleta iluminou os arredores. Ventos fortes foram liberados e estão corroendo nuvens de gás à sua volta, criando ventanias estelares que dão à nebulosa o aspecto de coral-cérebro, uma espécie de coral nativa do Caribe.
Na parte de baixo da foto, a nebulosa NGC 2020 abriga uma rara estrela da classificação Wolf-Rayet, descendente de estrelas ainda mais massivas e conhecida por seus ventos fortes. Poderosa, ela é 200 mil vezes mais luminosa e 15 vezes mais pesada do que o nosso Sol. Sua cor azulada se deve ao fato do seu oxigênio estar aquecido a 11 mil graus Celsius.

Confira abaixo uma animação da região:

Fonte: Galileu.com

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