Política

A política da Serra em 2020

Oi, eu sou *ARGOS PANOPTES, mas pode me chamar de ARGOS. Meus 100 olhos estão sobre a cidade da Serra. Se você quiser a minha opinião sobre qualquer assunto, escreva nos comentários

Vamos falar sobre as eleições municipais de 2020? Parafraseando um velho conhecido da política brasileira: “nunca na história desse País”, a Serra teve tanta opção na escolha do próximo governante municipal.
O cenário político da Serra segue bastante agitado. O município, que já contou com 11 pré-candidatos a prefeito, teve esse número reduzido para 10, com a desistência do deputado federal Amaro Neto.
Os motivos dessa desistência ninguém sabe, muitos vão acreditar que pode ter sido a forte rejeição experimentada nas redes sociais. Eu prefiro crer na nota publicada pelo próprio político, na qual informa que vai continuar trabalhando pelo Espírito Santo em Brasília.
O eleitor serrano tem pré-candidatos de várias vertentes profissionais e políticas. Têm pré-candidatos de Direita e de Esquerda. Tem profissional da saúde, tem profissional da segurança pública e tem profissional da política. Este último não podia mesmo faltar numa eleição municipal.
Os ‘políticos de carreira’ enfrentam a resistência da população para com a classe política brasileira, que não aguenta mais conviver com tantos desmandos e falcatruas. Sem credibilidade, eles estão tendo que se reinventar para conquistar os eleitores.
Por outro lado, os novatos lutam para sair do anonimato e se tornarem conhecidos da população. Quem é vendedor sabe que vender um produto que não foi provado não é tarefa fácil. Tem um coach na internet que diz na sua palestra que o produto que mais se vende é aquele que mais se oferece. Neste ano tudo vai depender da capacidade de convencimento do pré-candidato sobre seus projetos e sua visão para a cidade da Serra.
Podemos estar diante do fim de um ciclo de 24 anos da existência de duas facções políticas na Serra, ou podemos dar continuidade a esse projeto dualista de poder. A divisão do campo de batalha, se podemos chamar assim os partidos políticos, está muito acirrada; metade dos partidos em atividade na Serra estão apoiando os dois medalhões da política serrana.
Muito dinheiro, muitos partidos, muitos líderes comunitários na base de apoio, esse é o segredo para se ter sucesso na política da Serra? Isso só saberemos em 15 de novembro, ou no mais tardar 29 de novembro, se houver segundo turno.
O prefeito da Serra, que demorou para decidir quem era seu candidato, tirou do colo de seu grande opositor, o escolhido para receber seu apoio.
A máquina pública, mais uma vez, está sendo usada para fazer campanha eleitoral, fonte segura me informou que existe representação eleitoral no Ministério Público, questionando a conduta do nosso gestor público municipal, que pode estar ofendendo o princípio da moralidade administrativa.
O uso do cargo de Prefeito Municipal em benefício de campanha política sempre existiu, só que antes ninguém falou nada. Será que dessa vez, tendo dois delegados de polícia concorrendo ao cargo máximo do executivo municipal essa história vai mudar? Tem gente que aposta no espírito aguerrido de um dos pré-candidatos, que promete não deixar essa história passar em branco. Ele garante que vai questionar até na justiça, se for preciso.
Todos sabem mesmo que a figura do Prefeito Municipal não pode se confundir com a figura do cidadão comum e eleitor serrano. O Prefeito Municipal, enquanto pessoa pública, não pode fazer campanha em favor de nenhum pré-candidato. Este só poderia manifestar sua opinião como cidadão comum, fora da gestão pública.
Quanto ao resultado das eleições, parafraseando o que os policiais costumam falar ensaiadamente nas entrevistas: “nenhuma linha de investigação está descartada”, ou seja, nenhum resultado pode ser descartado, por mais improvável que se pareça.

Praia de Manguinhos (Foto: Peixe Urbano)

Um exemplo disso aconteceu em Colatina/ES, onde o prefeito Serginho Meneguelli derrotou o poder político constituído daquele município capixaba e, na última eleição presidencial, onde Jair Bolsonaro venceu toda a Esquerda reunida e organizada em torno de Fernando Haddad.
Ninguém duvida que muitas das pré-candidaturas não vão vingar, servindo apenas de ensaio para futuras composições. Em nenhuma eleição majoritária sobrevivem mais do que três candidatos, afunilando-se para dois na reta final. Os demais concorrentes acabam perdidos ao longo do caminho da campanha eleitoral.
Na Serra não será diferente, aposto que haverá uma polarização com um político da Direita e um político da Esquerda. A população vai ter que se esforçar para identificar as fraudes eleitorais, porque partidos tradicionalmente de Esquerda retiraram do nome as cores e todos os sinais que os identificam como COMUNISTAS/SOCIALISTAS, a exemplo de MOVIMENTO 65 e CIDADANIA, que são originários do PCB – Partido Comunista Brasileiro.
Vai ter de tudo nessa eleição, vai ter candidato de partido de Esquerda tentando emplacar uma imagem de Direitista, vai ter Esquerdista escondendo da opinião pública que é de Esquerda. O povo serrano precisa ficar atento para não ser enganado como os capixabas foram na eleição anterior.
A partir dessa publicação, toda semana vou trazer uma análise pessoal sobre um dos pré-candidatos a prefeito da Serra.
Para ser imparcial, quero contar com as sugestões dos leitores. O pré-candidato mais indicado será o próximo. Havendo empate, vai prevalecer aquele que teve o nome citado em primeiro lugar.

*Argos Panoptes (em grego: “Argos que a tudo vê”), na mitologia grega, era um gigante cujo corpo era coberto por olhos ou que tinha cem olhos. Foi nomeado pela deusa Hera (Juno) para vigiar Io que havia sido transformada em uma novilha por seu marido, o deus Zeus (Júpiter).
Enquanto dormia, metade dos olhos se fechava e descansava enquanto a outra metade vigiava. Para acalmar o gigante, Hermes tocou uma melodia tão linda em sua lira que todos os olhos do gigante se fecharam.
Uma vez que Argos Panoptes estava dormindo, Hermes cortou sua cabeça para impedi-lo de reviver e informar Hera (Juno) sobre o que ocorreu; isso permitiu que Zeus (Júpiter) tivesse seu encontro. Hera (Juno), para homenagear a morte de seu guardião favorito, colocou os olhos de Argos Panoptes na cauda de seu pássaro favorito, o pavão.

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