Estudo diz que felicidade tem a ver com o que fazemos, não com quem estamos
Quem nunca ouviu alguém dizer que a família é a coisa mais importante que temos na vida? Mas estar com ela não significa, necessariamente, que estamos tendo momentos prazerosos e felizes o tempo todo. Essa foi a conclusão de um novo estudo realizado pela Southern Methodist University (Universidade Metodista Meridional, dos EUA) e publicado no Journal of Personality and Social Psychology.
Responsável pela pesquisa, o professor de psicologia Nathan Hudson descobriu que as pessoas têm níveis mais altos de bem-estar quando estão na presença de amigos, e não de seus companheiros ou filhos, por exemplo. Isso porque, com os amigos podemos ter um happy hour depois de um dia de trabalho intenso, um churrasco no final de semana, uma pelada no campo e por aí vai.
Por outro lado, a presença da família vem acompanhada de afazeres domésticos chatos do dia a dia, como cozinhar, lavar roupa, limpar a casa, entre outros. E, com isso, temos menos descontração, passeios e momentos agradáveis. Ou seja, segundo a pesquisa, não é melhor estarmos com os amigos, mas sim o que fazemos quando estamos com eles.
Os resultados mostraram que as atividades que as pessoas realizam com mais frequência quando estão com seus companheiros incluem socializar, relaxar e comer. E as pessoas também tendem a realizar atividades semelhantes quando estão com os amigos.
No entanto, o estudo concluiu que eles fazem muito mais atividades agradáveis enquanto estão com os amigos e muito menos tarefas domésticas, que são feitas apenas por obrigação. Por exemplo, 65% das experiências com amigos envolveram socialização, mas apenas 28% do tempo compartilhado com parceiros.
Passar tempo com os filhos também significava mais tempo fazendo coisas que tinham uma associação negativa, sobretudo trabalho doméstico e deslocamento. Mesmo assim, as atividades frequentes com os filhos foram vistas de forma positiva. No geral, as pessoas relataram sentir níveis semelhantes de bem-estar na presença de amigos, parceiros e filhos, uma vez que a atividade foi retirada da equação.
“É importante criar oportunidades para experiências positivas com parceiros românticos e filhos, e realmente saborear esses momentos positivos. Em contraste, os relacionamentos familiares que envolvem nada além de tarefas domésticas e cuidados com os filhos provavelmente não irão prever muita felicidade”, alerta Hudson.
Fonte: UOL