Comportamento & Equilíbrio

Sexo ainda é importante para mulheres na menopausa, conclui estudo

Estudo mostra que quase metade das mulheres em transição para a menopausa continuam achando que sexo é, sim, importante

Um novo estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, contribui para desfazer a ideia de que mulheres vão perdendo o interesse em sexo à medida em que envelhecem. Os pesquisadores observaram que muitas continuam classificando a prática sexual como sendo importante. A pesquisa foi divulgada na Reunião Anual Virtual 2020, promovida pela Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS) no fim de setembro.

“Em contraste com a literatura anterior relatando que a importância do sexo diminui à medida que as mulheres passam pela meia-idade, descobrimos que, para um quarto das mulheres, o sexo continua sendo muito importante durante a meia-idade”, disse, em nota, Holly Thomas, principal autora do artigo.

A nova pesquisa incluiu mais de 3.200 mulheres e avaliou como vários fatores podiam afetar o interesse por sexo durante a transição da menopausa, como raça, educação, status de parceiro, índice de massa corporal, pressão arterial, estado da menopausa, hormônios, sintomas de depressão, estresse percebido, uso de antidepressivo, orientação sexual, satisfação sexual, dor pélvica, secura vaginal e ondas de calor.
Os pesquisadores identificaram três situações diferentes: para quase metade das mulheres (45%), o sexo era importante no início da meia-idade e tornou-se menos importante com o tempo. Para cerca de um quarto delas (27%), a atividade sexual permanece muito importante e, para outro quarto (28%), o sexo não importa muito nessa fase da vida.
Sob um ponto de vista étnico, as mulheres negras se mostraram mais propensas a classificar o sexo como importante durante a meia-idade, enquanto as chinesas e japonesas tendem a classificar o ato como não tão importante. Outras variáveis incluíram mulheres com depressão, que têm maior probabilidade de achar o sexo menos importante. Uma melhor satisfação sexual também está associada ao grau escolar (quanto mais alto, mais satisfeitas) e à importância que deram à atividade durante a vida.
“Estudos como esse fornecem informações valiosas para os profissionais de saúde que, de outra forma, rejeitariam o desejo sexual minguante da mulher como uma parte natural do envelhecimento. Há outras razões tratáveis, como secura vaginal ou depressão, que explicam por que o interesse de uma mulher por sexo pode ter diminuído”, comenta Stephanie Faubion, diretora médica da NAMS.

Crédito da foto: We-Vibe WOW Tech/Unsplash

Fonte: Revista Galileu

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