Foto de tigre marcando árvore com seu cheiro ganha concurso de fotografia

Registro vencedor do concurso Wildlife Photographer of the Year 2020 levou 11 meses para ser feito por fotógrafo russo
O registro de um tigre “marcando” uma árvore com seu cheiro foi o grande vencedor do concurso Wildlife Photographer of the Year 2020, promovido pelo Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra. O resultado da 56ª edição, divulgado nesta terça-feira (13), traz os ganhadores de um dos mais prestigiados prêmios entre os fotógrafos que trabalham com registros da natureza.
No início de setembro, o Museu havia divulgado 10 dos melhores registros selvagens dentre os 49 mil inscritos. O título de melhor foto, porém, ficou com o russo Sergey Gorshkov.
A imagem, intitulada The Embrace (“O Abraço”, em tradução livre), mostra o momento em que um tigre siberiano, ameaçado de extinção, abraça um pinheiro na região da Manchúria, na China, para marcá-lo com seu cheiro. O autor levou mais de 11 meses para captar o momento, usando câmeras com sensores de movimento.
“É uma cena como nenhuma outra, um vislumbre único de um momento íntimo nas profundezas de uma floresta mágica”, comentou Roz Kidman Cox, presidente do painel de jurados, em nota.
“Caçada à beira da extinção no século passado, a população desses tigres ainda está ameaçada”, disse Tim Littlewood, diretor executivo de ciência do Museu e membro do júri. “’A visão notável do tigre em seu ambiente natural nos oferece esperança, pois relatórios recentes sugerem que os números de indivíduos estão crescendo”.
Nascido em uma aldeia da Sibéria, Sergey cresceu imerso na natureza da Rússia. Depois de uma viagem à África, ele tem se dedicado a tirar fotos de animais para conectar o mundo à vida selvagem. Seu trabalho é especializado nas regiões polares da Rússia, fotografando ursos, raposas e gansos.
Sergey é o membro fundador da União Russa de Fotógrafos de Vida Selvagem. Ele já conquistou prêmios em seu país natal e também no Reino Unido, na Itália e na França.
Prêmio Jovem Fotógrafo

O prêmio principal de Jovem Fotógrafa do Ano foi concedido a Liina Heikkinen por sua foto de uma pequena raposa-vermelha defendendo os restos mortais de um ganso-craca de seus cinco irmãos na selva da Finlândia.
”Uma sensação de drama furtivo e urgência frenética anima esta imagem, atraindo-nos para o quadro”, afirmou Shekar Dattatri, cineasta de vida selvagem e membro do júri.
Fonte: Revista Galileu