Cultura

Artista subverte eurocentrismo racista com retratos incríveis de pessoas negras

Criado no século XVI, o estilo de decoração chamado de Blackamoor trazia pessoas pretas sempre em posição de servos. Fosse sustentando objetos ou posando como serviçais, o negro estava sempre colocado em um papel subserviente. A estética racista foi transformada pelo artista americano Kajahl, que criou obras em que pessoas pretas aparecem ainda sustentando objetos, mas em situação de poder e dominação.
As obras fazem parte de uma série intitulada “Royal Spectre”, que colocam pretos como alquimistas, estudiosos, astrônomos e em outras profissões de prestígio da época. As pinturas são feitas a óleo e orientam quem as observa a recriar a narrativa opressora de séculos atrás.

“A minha fantasia é olhar para a fantasia deles. Eu sou a fantasia deles e eles são a minha. Eu sou o espectro da imaginação deles”, diz o artista de 35 anos, cujo trabalho está em exposição na Monique Meloche Gallery, em Chicago, até o dia 19 de dezembro.
Em seu site, Kajahl diz que a pintura é um lugar onde é possível “atravessar diferentes culturas e temporalidades como forma de desafiar nossas ideias sobre como nos vemos e vemos os outros”. “Suas pinturas nos levam a um tempo anterior à existência da raça, abrindo-nos para o caos e a complexidade, expandindo a periferia em torno de como nos percebemos no passado e no presente”.

Fonte: Hypeness

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