Política

Lorenzo Pazolini fala de sua futura gestão à frente da capital

“Sou aberto ao diálogo, valorizo a competência, tenho foco em minhas ações e quero ser o melhor prefeito que Vitória já teve, sem desmerecer quem já esteve à frente do município”

Com uma população estimada em 365.855 pessoas vivendo numa área territorial com 97.123 km² e com uma economia privilegiada, a capital do Espírito Santo tem uma economia voltada às atividades portuárias, ao comércio, à indústria, à prestação de serviços e ao turismo de negócios e conta com dois portos que são dos mais importantes do País: o Porto de Vitória e o Porto de Tubarão que, com as indústrias ArcelorMittal Tubarão e Vale S/A e outras do Estado, formam o maior complexo portuário do Brasil. Entretanto, apesar dos recursos que facilitam em muito a administração pública, não quer dizer que o município esteja isento de problemas nas questões sociais.
Diante desses e de outros fatos, o Republicano Lorenzo Pazolini, prefeito eleito por Vitória, com mais de 102 mil votos, concedeu entrevista, nesta semana, ao jornalista Haroldo Cordeiro Filho (Coluna Olhar de uma Lente/Fatos & Notícias), para falar de prioridades e desafios que enfrentará nos próximos quatro anos à frente da prefeitura.

Qual o desenho que o senhor faz do recado do eleitor da capital do ES?
O eleitor de Vitória mostrou, nas urnas, que a cidade quer mais paz e igualdade. Precisamos trazer de volta a tranquilidade para que as pessoas possam ir e vir em segurança nos seus deslocamentos para o trabalho, para a faculdade e o lazer. Já os investimentos na cidade precisam ter equidade, beneficiando todas as regiões de Vitória e não apenas alguns locais.

O que muda, já que Luciano esteve à frente da prefeitura de Vitória nesses últimos oito anos?
O que for bem-avaliado pela população vai continuar. A boa prática política nos ensina que nem mesmo o nome dos programas existentes devam ser mudados, isso é a nova política. Agora, vamos dar um choque de gestão na Prefeitura de Vitória. Vamos retomar o diálogo com os moradores, para que as decisões mais importantes e sensíveis, que impactam as vidas das pessoas, sejam tomadas coletivamente. Vamos avançar em áreas como segurança, educação, saúde, meio ambiente e desenvolvimento econômico e trazer de volta os investimentos que foram perdidos pela cidade nos últimos anos.

O senhor se considera diferente do perfil de Luciano Rezende?
Não cabe a mim fazer julgamentos do perfil do atual gestor. Sou aberto ao diálogo, valorizo a competência, tenho foco em minhas ações e quero ser o melhor prefeito que Vitória já teve, sem desmerecer quem já esteve à frente do município.

Com relação à pandemia, qual a linha de trabalho que o senhor deve seguir?
Em nossa equipe de transição já temos ouvido especialistas, médicos, sanitaristas e diversos outros profissionais que atuam na linha de frente da covid-19, para nos basearmos na ciência na tomada de decisões. Já nos primeiros dias de nossa gestão, vamos criar um comitê de gerenciamento da crise sanitária de covid-19, que irá nos auxiliar nas medidas que serão propostas, para que possamos retomar algumas atividades em plena segurança. Também estaremos focando em dialogar com o Ministério da Saúde, para que a população de Vitória seja plenamente contemplada no Plano Nacional de Vacinação da Covid-19.

Quais são os grandes desafios que o senhor acredita enfrentar?
Teremos pela frente tempos difíceis no pós-covid-19, milhares de pessoas perderam seus empregos, se endividaram, estão passando por dificuldades e não sabemos ainda até quando se estenderá o auxílio emergencial. Vamos acompanhar com lupa a arrecadação do município, para que possamos voltar a ter capacidade de investimentos na cidade de Vitória que, pela projeção do orçamento de 2021, terá apenas R$ 30 milhões para investir com recursos próprios. Já tenho trabalhado com a equipe de transição para, nos primeiros dias de nossa gestão, tomarmos medidas para economizar recursos e recuperar essa capacidade de investimentos.

A partir de janeiro, o senhor tem algum foco especial na administração, algum ponto específico que o senhor pretende atacar na administração pública?
Nosso principal foco será em administrar bem o dinheiro do povo. Não irei permitir nenhum gasto desnecessário e vamos economizar tudo que pudermos, com o objetivo de sobrar dinheiro para investir em melhorias que tragam qualidade de vida para as pessoas. A população não aguenta mais pagar por regalias, mordomias e gastos desnecessários. Por isso, terei uma equipe técnica muito boa ao meu lado, para que possamos, ao final de quatro anos, entregar uma cidade muito melhor do que encontramos.

Quais os seus projetos econômicos para a capital?
Vitória é muito dependente do setor de comércio e serviços, precisamos explorar os potenciais econômicos e vocações que a cidade tem. Para isso, temos que desburocratizar a máquina pública, para facilitar a vida de quem quer empreender na cidade. Vamos explorar mais o turismo de negócio, a atração de startups de tecnologia, fomentar a economia criativa e o cooperativismo. A economia de Vitória precisa voltar a pulsar e o ambiente para novos negócios precisa voltar a ser atrativo, só assim vamos conseguir trazer novas matrizes econômicas.

Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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