Paleontólogos estão reconstruindo fósseis do período Triássico na África do Sul
Cientistas do Instituto de Estudos Evolucionários da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, na África do Sul, estão montando atualmente peças de esqueletos de dois dinossauros gigantes. As criaturas em questão foram encontradas ainda em 2018 pelo pastor Dumangwe Thyobeka na província do Cabo Oriental. Na época, ele relatou que havia ossos e fósseis por todos os lados, sendo então os dois dinossauros apenas o começo de uma série de revelações que estão por vir.
Pela quantidade de material disponível para estudo, os paleontólogos haviam batizado a região de “Parque Jurássico”, que logo depois foi corrigido para “Parque Triássico”, uma vez que diversas das descobertas pertencem a esse período, que aconteceu entre 252 milhões a 201 milhões de anos atrás.
Durante as escavações, a equipe de paleontólogos dizem ter encontrado um ecossistema que conta com diversos animais, plantas e outras criaturas que dependiam umas das outras para sobreviver por mais de 200 milhões de anos. “Além dos dinossauros, encontramos centenas de ossos de outros animais, inclusive dos primeiros parentes de mamíferos, primeiros crocodilos e outros que ainda não conseguimos identificar”, conta Jonah Choinière, um dos cientistas responsáveis pela pesquisa.
Choinière diz que essa variedade de descobertas significa que existiam diversos animais vivos no mesmo local e ao mesmo tempo, não somente dinossauros. A equipe já conseguiu transportar uma alta quantidade de fósseis para fora do local para estudo e estão preparando a divulgação de um dinossauro “surpresa”, do grupo Sauropodomorpha, herbívoro de pescoço longo e cabeça pequena. “Eu nunca lidei com qualquer coisa desse tamanho antes”, diz o paleontólogo.
No futuro, a região deve se tornar uma conhecida “rota dos dinossauros” não só para cientistas, como também para turistas. “Antes dessa descoberta, sabíamos muito pouco sobre o período Triássico na África do Sul. A maior parte dos fósseis desse período eram muito difíceis de identificar”, comenta Choinière, dizendo a pesquisa irá dobrar o número de espécies conhecidas no país até então.
Fonte: Canaltech