Novo vírus da China, este do macaco, causa primeira morte. Corremos perigo?
Recentemente, uma notícia chamou a atenção de todo o mundo, em especial da comunidade científica: um homem morreu após contrair um vírus de um macaco. Como assim? Será que vem aí uma nova pandemia? Seria isso contagioso? Muitas dúvidas vieram à tona quando essa informação foi anunciada na China. Sim, mesmo país onde foi descoberta a covid-19.
O homem que morreu era um veterinário que trabalhava em um instituto de pesquisa especializado em reprodução de primatas e dissecou dois macacos mortos. Lá, ele foi contaminado com o vírus do macaco B (ou herpes B) e acabou falecendo. Dessa forma, é preciso entender que esse microrganismo é extremamente raro e, muitas vezes mortal, quando se espalha entre os humanos. Nas pessoas, ele ataca o sistema nervoso central e causa inflamação no cérebro, levando à perda de consciência. Além disso, se a enfermidade não for devidamente tratada, há uma taxa de mortalidade de cerca de 80%.
Porém, é importante compreender que as pessoas são geralmente infectadas com o vírus B se forem mordidas ou arranhadas por um macaco infectado ou se tiverem contato com os olhos, nariz ou boca do macaco.
A ação desse vírus no corpo é caracterizada por uma invasão viral do cérebro (encefalite) e das membranas (meninges) que envolvem o cérebro. Ocasionalmente, a infecção também afeta as estruturas da medula espinhal (encefalomielite) e danos neurológicos sérios podem resultar dessa infecção.
Sobre os sintomas, o que se pode adiantar é que a encefalomielite aguda disseminada é uma infecção do sistema nervoso caracterizada por cefaleia, irritabilidade, vômitos, sonolência, sensibilidade à luz, dificuldade em engolir, travamento, incontinência e sensações cutâneas diminuídas ou exageradas. Esse distúrbio pode ser causado por infecções virais adquiridas de outras fontes que não os macacos infectados pelo vírus Simian B. Logo, pode ser uma resposta alérgica ou tóxica do sistema nervoso a organismos invasores, como bactérias ou vírus. Danos neurológicos e deficiência intelectual podem ocorrer após um ataque dessa condição.
Diante desse cenário, vale lembrar que a prevenção é a melhor solução. Ao ter contato com um macaco possivelmente contaminado, é necessário iniciar os primeiros socorros imediatamente. Para isso, lave bem a ferida ou área de seu corpo que teve contato com o macaco (utilizando sabão, detergente ou iodo) e esfregue-a suavemente por 15 minutos. Depois, deixe correr água sobre o local por cerca de 15 a 20 minutos. Em seguida, consulte imediatamente um profissional da Saúde para tratamento e informe-o que você foi exposto a um macaco que pode estar infectado com esse vírus.
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU (Flórida) e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; pós-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; pós-graduado em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, Neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; especialista avançado em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks e Neuroscience em Harvard (Estados Unidos); bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida; licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; especialista em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em Psicologia Positiva na PUC.
Fonte: Mega Curioso