Carros voadores elétricos já têm data para chegarem aos céus do Brasil com modelos da Embraer, Azul e Gol
Os primeiros modelos de carros voadores já passaram dos testes e entraram na fase de demonstrações e aprimoramentos: não é mais, portanto, mera previsão futurista afirmar que em breve tais veículos estarão disponíveis no mercado e nos céus das cidades. E tal cenário inclui as cidades brasileiras, já que a fabricante Embraer, bem como as companhias aéreas Gol e a Azul anunciaram acordos e planos relacionados aos “veículos elétricos de pouso e decolagem vertical” (eVTOL, em inglês), que sugerem a chegada dos carros entre nos próximos anos ao País.
Segundo a Embraer, a projeção de entrega dos primeiros eVTOLs fabricados pela empresa estão para 2026, através de parceria com a Eve, uma subsidiária lançada oficialmente em outubro de 2020, com acordos de entrega de centenas de veículos para empresas como a brasileira Helisul, bem como a inglesa Bristow e a estadunidense Halo, todas do ramo de táxis aéreos. A subsidiária da Embraer também tem acordos fechados com empresas e companhias aéreas de Singapura, EUA, França e Brasil para oferecer os “carros voadores” por horas de voo — até a entrega, testes serão realizados com helicópteros de porte semelhante aos eVOLTs.
Já a Gol assinou intenção de compra 250 veículos com a empresa irlandesa Avolon, pela VA-X4, da Vertical Aerospace, com operações previstas para serem iniciadas em 2025. Segundo o fabricante, a aeronave elétrica atinge velocidades de até 325 km/h, com autonomia de 160 km de distância percorrida com somente uma carga de bateria, e capacidade de transporte de até quatro passageiros, além do piloto. A parceria da Azul foi estabelecida com a empresa alemã Lilium, e compreende a entrega de 220 veículos com velocidade máxima de 280 km/h, autonomia de 250 km e capacidade para seis passageiros e um piloto a partir de 2025 — segundo informações, a negociação alcançou o valor de um bilhão de dólares.
Os dados confirmam que por enquanto o eVTOL é projetado para voos mais curtos que os helicópteros — a Agência Nacional de Aviação (Anac) já confirmou que será necessário o estabelecimento de uma altitude determinada para tais viagens quando as naves entrarem em operação, como forma de controle do espaço aéreo e a fim de evitar possíveis acidentes e colisões. Com pouso e decolagem verticais, de acordo com especialistas, a vantagem dos “veículos elétricos de pouso e decolagem vertical” sobre helicópteros e aviões de pequeno porte é, além de uma redução considerável na poluição sonora, também uma diminuição considerável na poluição propriamente, já que os eVTOLs são elétricos e, assim, não agridem o meio ambiente.
Fonte: Hypeness