Falta de saneamento básico gerou mais de 200 mil internações no Brasil

Dados referem-se a 2019 e revelam um aumento de cerca de 30 mil internações em relação a 2018
De acordo com o levantamento Saneamento e Doenças de Veiculação Hídrica de 2019, divulgado pelo Instituto Trata Brasil no último dia 5 de outubro, o Brasil registrou 273.403 internações com doenças de origem hídrica que escancaram a falta de saneamento básico e mostra uma situação de sobrecarga do sistema de saúde.
Esse número representa um aumento de 30 mil hospitalizações, se comparar com 2018, além de 2.734 mortes. A incidência de internações foi de 13,01 casos por 10 mil habitantes, um custo de R$ 108 milhões ao País.
Segundo o estudo, dividido em regiões, o Maranhão se destaca como o Estado com mais internações, 38,2 mil casos. Outros Estados com números alarmantes são: Bahia registrou com 23,3 mil, Minas Gerais com 24,7 mil, São Paulo com 26 mil e Para com 28 mil.

Para Renata Moraes, diretora-presidente do Instituto Iguá de Sustentabilidade, os dados revelam que o Brasil ainda tem muito a trabalhar em relação ao saneamento básico.
“Atualmente, temos mais de 35 milhões de pessoas sem acesso à água potável, o que corresponde a 17% da população. Quase metade dos habitantes não tem esgoto tratado”, afirma Renata.
“A maior parte dos municípios sem saneamento básico adequado é composta por cidades pequenas, cujos os prefeitos não estão preparados. Muitos municípios sequer desenvolvem plano de saneamento básico e, sem ele, não conseguem nem recursos para esta gestão”, explica Renata.
Fonte: CicloVivo