Política

Geddel Vieira e as eleições na Bahia

No último dia 30, PT e MDB, apresentaram o nome do petista Jerônimo Rodrigues, ex-secretário estadual de Educação, ao governo e do emedebista, Geraldo Júnior, ex-presidente da Câmara Municipal de Salvador como vice. Até aí tudo bem, mas a estranheza dessa união está no endosso de ex-presidários. Luís Inácio Lula da Silva, que surrupiou os cofres públicos nos 14 anos da era petista em mais de R$ 4 trilhões e Geddel Vieira Lima, o cidadão que guardou a bagatela de R$ 51 milhões em malas e caixas de papelão em um apartamento em Salvador.
Esse fato nos chama atenção, não pela falta de justiça, porque esses terão a resposta da população baiana nas urnas, mas pela articulação política — permitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) “flexível e bondoso”, na pessoa do ministro Edson Fachin — de dois contumazes corruptos que estão concorrendo, direta ou indiretamente, a cargos públicos sem nenhum incômodo, como se não tivessem feito nada de errado.

Em um país sério, com legislação rígida e representantes públicos comprometidos com o bem-estar do povo e idôneos, essa junção jamais aconteceria, pois a vida pregressa dos envolvidos configuraria formação de quadrilha.

Malas e caixas de dinheiro em apartamento de Geddel Vieira (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

A linda história corrupta e cinzenta do pré-candidato à presidência, Lula da Silva, nós já conhecemos pelos noticiários e pelas dificuldades vividas por todos nós nos dias de hoje, consequência da roubalheira que ele e sua gangue fizeram quando estiveram à frente da nossa rica nação, agora, quanto a Geddel Vieira, que chorou quando foi algemado, farei um breve comentário da sua vida pregressa para os eleitores mais jovens.
Talvez muitos não se lembrem do caso “bunker da propina”, mas ele envolveu o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, e seu irmão Lúcio Vieira Lima, que tiveram a prisão provisória decretada em junho de 2017, sendo condenados pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019, após a Polícia Federal (PF) encontrar cerca de R$ 51 milhões em malas e caixas de papelão em um apartamento na cidade de Salvador.

Ministro do STF Edson Fachin e Geddel Vieira Lima (Foto: Agência Brasil)

Hoje, o pecuarista, cacauicultor e condenado Geddel Vieira, encontra-se em liberdade condicional, por decisão do ministro Edson Fachin. Além da progressão de regime o ministro também reduziu a pena do condenado em 681 dias, por boa conduta. Na decisão, o ministro argumentou que o ex-deputados federal eleito pela Bahia, ex-ministro da Integração Nacional no governo petista e vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal, no governo Dilma, participou de cursos de capacitação profissional e se dedicou à leitura e elaboração de resenhas, além de ter sido aprovado em quatro áreas do conhecimento no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Povo baiano, fique de olhos bem abertos que a arapuca está montada, cai quem quiser!

Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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