Frescobol — Arena de São Vicente (SP) interditada
Texto: Alcir Horácio Silva, melhor jogador de Goiânia
Camaradas frescobolistas de todo o Brasil e do mundo, é possível que muitos de vocês não estejam acompanhando o absurdo impedimento de funcionamento da Arena São Vicente de Frescobol, na cidade de São Vicente, litoral de São Paulo.
Sob a responsabilidade do amigo Cesário Teixeira, popularmente conhecido como Rato, a Arena São Vicente foi impedida de seu funcionamento por reclamações de moradores de um prédio que fica em frente, alegando que o barulho das bolas (onomatopeia popularmente conhecida como toc-toc) os incomodavam.
Obviamente, é um absurdo que, em pleno século XXI, algumas pessoas não têm a percepção dos benefícios que uma prática desportiva, notadamente o frescobol, trazem para a população, bem como para as comunidades locais. As arenas de frescobol espalhadas pelo Brasil, em especial a de São Vicente, além de ocupar um espaço que pode ser utilizado para outras ações que não trazem benefício nenhum para a sociedade (como o tráfico de drogas, entre outros), propiciam atividades extremamente benéficas para as pessoas que as frequentam, prática esportiva saudável que melhora várias valências físicas como força, resistência, coordenações motoras fina e geral, velocidade de reação, ritmo, entre outras, bem como a melhoria da capacidade respiratória e cardiovascular.
E ainda, o frescobol é um esporte de inclusão de pessoas que possuem alguma necessidade especial, e de socialização quando não exclui seus praticantes de várias faixas etárias e diferentes classes sociais, credos, etnias, etc. Por ser um esporte colaborativo em que o jogo é realizado por parceiros e não por adversários, o frescobol deveria ser incentivado e não proibido!
Vejam bem que absurdo ainda maior!
A Constituição Federal observa o seguinte no Artigo 217, inciso IV: Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, observados:
IV – a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.
Ora, se a própria Carta Magna preconiza que é DEVER DO ESTADO fomentar práticas desportivas, como um município pode impedir o funcionamento de uma Arena que tem exatamente este objetivo?
O simples fato das Arenas por todo o Brasil, neste caso a de São Vicente, deslocar o jogo da beira da praia para um lugar seguro, com redes e espaço delimitado, evitando assim os problemas de acidentes com bolas e raquetes (o que tornou o esporte marginalizado e proibido), já seria suficiente para a liberação e autorização dessas Arenas.
Por fim, gostaria de manifestar o meu apoio e solidariedade às Arenas de todo o Brasil, EM ESPECIAL, À ARENA SÃO VICENTE, para seus plenos funcionamentos, e conclamar às Federações de Frescobol do Brasil (RJ, SP, ES), às Associações e Redes de Frescobol, que manifestem apoio e solidariedade À ARENA SÃO VICENTE!
Gostaria também de solicitar à Confederação Brasileira de Frescobol (CBraF), entidade responsável pelo frescobol nacional, que se manifeste no sentido de buscar uma resolução urgente para este problema!
Me coloco à disposição para ajudar no que for preciso!
Frescobolistas de todo o Brasil e do Mundo! Uni-vos!
Vida longa ao frescobol!
Foto: Divulgação/Arena de São Vicente de Frescobol/São Paulo