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Cartilha orienta como tornar cidades “caminháveis” para idosos

Para que a caminhada seja uma atividade prazerosa é preciso criar infraestruturas adequadas

A caminhada pode ajudar a prevenir e amenizar sintomas de doenças. É uma atividade física de graça e que pode ser feita em qualquer local. Para alguns, é um meio de transporte para se deslocar ao longo do dia. Para outros, um passatempo para explorar um bairro desconhecido no fim de semana. Mas, para que seja uma atividade prazerosa, é preciso estímulo dos governantes: é o que busca a “Cartilha orientativa de desenho urbano para melhoria da caminhabilidade da população idosa”, nova publicação da USP.

(Foto: Estúdio Asterisco)

Imagine uma região de tráfego em alta velocidade, com calçada precária, sem nenhum abrigo próximo para quaisquer condições climáticas, a travessia precisa ser rápida porque o tempo do semáforo é curto e outra possibilidade de atravessar seria encarar um “escadão”.
Não estamos falando de nenhuma avenida em específico, pois as grandes cidades estão repletas de situações estressantes como esta. Se já é ruim para alguém com plena mobilidade, imagine para a pessoa que vive com mobilidade reduzida.

Cartilha para a mobilidade urbana de idosos
Organizado pela arquiteta e urbanista Karin Regina de Castro Marins, professora do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica (Poli) da USP, o material traz orientações para melhorar a vida dos pedestres em áreas urbanas. O foco da cartilha são os idosos, que precisam compensar as alterações físicas decorrentes do envelhecimento com infraestruturas de apoio.

(Foto: Estúdio Asterisco)

A publicação traz detalhadamente estratégias que os gestores públicos podem adotar para melhorar a caminhabilidade da população idosa. Imagens exemplificam boas práticas assim como exemplos a não serem seguidos.
Seguir tais recomendações contribuirá não só para a qualidade de vida dos idosos como também para toda a população, que se beneficiará das melhorias no espaço público.

“A valorização da escala humana e da condição das pessoas enquanto pedestres é premissa para a sustentabilidade urbana e para a saúde no (e do) nosso planeta. O ato de caminhar agrega independência e mobilidade aos indivíduos de todas as idades, enquanto contribui para a socialização e para promover ambientes urbanos mais limpos”, afirma Karin Regina na apresentação da cartilha.

Fonte: CicloVivo

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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