Educação

Quando tudo começa na educação básica

O contato com a Engenharia pode começar muito antes do ensino superior. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de 2017, possibilitou uma flexibilização do currículo do ensino médio e inclusão de disciplinas eletivas. Dessa forma, em algumas escolas os adolescentes têm oportunidade de optar por áreas em que possuem maior interesse e afinidade. No Colégio Emilie de Villeneuve, em São Paulo, os estudantes que optaram pelos itinerários de Ciências Exatas e Ciências da Natureza podem cursar eletivas como Engenharia e/ou Automação.
Em ambas têm a oportunidade de aprender mais sobre as habilidades e competências necessárias para atuação do engenheiro, realizar projetos na área e participar de encontros com profissionais. Na eletiva de Automação, por exemplo, os estudantes aprendem a linguagem de programação, princípios da eletrônica, entre outros temas.

“Os projetos usam a interface do Arduino, onde se faz programação e automação. Os alunos desenvolvem vários projetos, como acender a luz por meio de um sensor, o que conversa bastante com a Engenharia da Computação”, explica Marizilda Escudeiro de Oliveira, coordenadora do ensino médio.

No caso da disciplina de Engenharia, Marizilda conta que o objetivo é apresentar aos alunos como esse profissional trabalha, contemplando as 15 principais áreas das engenharias escolhidas nos vestibulares e os campos de atuação específicos. Embora novas profissões tenham surgido por causa do impacto tecnológico e mudanças do mundo contemporâneo, diz Marizilda, as carreiras clássicas ainda são buscadas pelos adolescentes.

“Há muito interesse do aluno por Engenharia e buscamos esclarecer alguns conceitos preestabelecidos para que faça uma escolha consciente do curso de ensino superior e se torne um profissional competente e feliz com sua decisão”.

Aluno do último ano do ensino médio, Vitor Monteiro Coutinho, de 17 anos, quer estudar Engenharia Civil. O adolescente diz que as eletivas o ajudaram a tirar dúvidas e ter mais certeza sobre a escolha profissional. Ele já cursou eletivas como Automação, Ciência dos Cosméticos, Medicina e Engenharia — essa última por duas vezes. A recomendação da escola é para que os alunos não repitam as eletivas, até para poderem ampliar o repertório, porém a direção abriu uma exceção para Vítor.
Na primeira experiência, ele conta que a eletiva abordou as Engenharias de forma ampla, o que contribuiu para entender as diferenças entre elas e compreender com quais tinha maior afinidade. Na segunda oportunidade, neste primeiro semestre do ano, o estudante disse que conseguiu se aprofundar mais no tema. E conta que desde criança se identifica com a área de Exatas: gosta de fazer projeções no quarto, montar e desmontar objetos e mexer com Lego. “As eletivas me ajudam a ter certeza da minha escolha. A escola foi aconselhando e fui pesquisando”.

Fonte: MSN Notícias

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