Política

Eleições 2022. Por que vai ser diferente?

Coluna — Na Minha Opinião

O Brasil já viveu muitas eleições presidenciais e 2022 poderia ser apenas mais um escrutínio para Presidente do País, mas alguns elementos estão deixando essas eleições diferente de todas as outras. Nem no passado, nem no futuro, haverá outra eleição como a deste ano. O principal elemento causador da diferença é o perfil dos dois principais candidatos, Bolsonaro e Lula. Os dois têm falas agressivas, estimulam a rivalidade, mexem com a emoção dos brasileiros e provocam os instintos mais aguerridos dos simpatizantes.
O problema é que muitas pessoas não estão preparadas para discutir opiniões políticas com seu semelhante de forma cordial e respeitosa. O tom de voz dos dois principais candidatos tem sido algo marcante nas discussões sobre política. Sempre falando com entonação e usando xingamentos e palavrões nas suas falas, os candidatos citados são mestres na arte de ativar os ânimos dos seus apoiadores.

Outro elemento que ajuda a incrementar a rivalidade consiste no fato dos dois estarem em posições extremas das ideologias políticas da Direita e da Esquerda. Enquanto Bolsonaro manifesta simpatia com a fé cristã, sempre agradecendo a DEUS pelas vitórias alcançadas, participando constantemente de eventos de entidades ligadas ao cristianismo, Lula tenta agradar a todas as crenças e não raramente recebe bênçãos de representantes de religiões afrodescendentes.
Quem conhece a Lei de DEUS sabe que só há um DEUS, e não há outro além de JESUS CRISTO, o SENHOR. A intolerância política tem sido marcante nesta eleição. Muitos brasileiros não estão conseguindo fazer um debate respeitoso e saudável sobre as opiniões políticas. As agressões e os xingamentos, repletos de palavras ásperas, têm sido a marca deste momento pré-eleitoral.

Infelizmente a população brasileira não está sabendo valorizar a liberdade política que temos no nosso País. Como é bom poder falar e se expressar, ainda que um dos lados da política reclamem de estarem sofrendo algum cerceamento dos seus direitos.
Quanto ao Lula, o que se pode dizer é que durante anos ele nadou de braçada nesse modelo raivoso de fazer política, instigando as massas, criando divisões, estimulando o uso da força na defesa do que entendia ser direito, como no caso dos movimentos sociais pela terra, pela moradia, que não raras vezes invadiram propriedades, destruíram bens alheios.
Bolsonaro, no seu estilo de fazer política, tem alguma semelhança. Já ouvi alguns críticos dizerem que sem polêmica ele tem poucas chances de sobreviver a um debate. Diante de desse cenário a pergunta que se faz é: alguma coisa boa podemos retirar de tudo isso?

Por mais que se duvide, a resposta é sim. Todo esse cenário de beligerância tem levado a população brasileira a participar mais da política, a querer saber mais sobre o assunto. Nós, brasileiros, somos reconhecidos por nos manifestarmos apenas em razão do futebol, sendo omissos quando se trata de consciência política coletiva.
Porém, essa situação está mudando e hoje as pessoas discutem política, defendem suas teses, encontram argumentos em favor de suas ideias, conceitos e valores. Coisa que não se via num passado nem tão distante.
A Esquerda sempre defendeu as bandeiras do aborto, da liberação das drogas, da ideologia de gênero, mesmo assim, com votos de muitos conservadores, o Brasil desde a abertura política sempre elegeu presidentes de Esquerda.

Isso aconteceu porque a população não tinha consciência do que representa para um político a ideologia. Políticos de Esquerda, ou alinhados com partidos de Esquerda, sempre defenderam essas bandeiras, e quando estiveram no poder, trabalharam arduamente para que essas mudanças conceituais fizessem parte da sociedade.
Esse objetivo só não foi alcançado porque no congresso nacional a ideologia política de Esquerda nunca foi maioria. A Esquerda não conseguiam avançar com suas pautas liberais e ofensivas aos costumes, ainda que os projetos de leis para liberação do aborto, liberação das drogas, aumento de impostos, sempre estivessem em discussão no Congresso.

O meu desejo para 2022 é que haja muita discussão, muitos debates, muitos choques de opinião e de ideias, mas que saibamos respeitar nosso colega, nosso amigo, nosso irmão, e até mesmo aquele que não conhecemos.
Divergência política sempre vai existir e é até saudável que haja oposição, mesmo que ela seja irresponsável; pois no final de tudo, NINGUÉM SERÁ ELEITO SE NÃO FOR DA VONTADE DE DEUS.

Delegado Federal Márcio Greik

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