Ciência Meio ambiente

Pesquisadora da Ufal reúne banco de dados inédito sobre mamíferos na Caatinga

Pesquisadora do Museu de História Natural e do Lacos 21 publica banco de dados inédito sobre pequenos mamíferos não voadores na Caatinga, em parceria com outros 26 pesquisadores de mais de 20 instituições, e gera o mais significativo banco de dados sobre o grupo, que inclui três novas espécies na lista para o bioma.

Bióloga do Museu de História Natural (MHN)/ Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e doutoranda do Laboratório de Conservação do Século 21 (Lacos 21), Ludmilla da Costa-Pinto é primeira autora do dataset (banco de dados) recém-publicado na conceituada revista internacional Ecology , que traz informações importantes sobre os mamíferos na maior e mais biodiversa floresta tropical seca estacional do mundo, a Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro e que ocupa maior parte da região Nordeste.

Bióloga do Museu de História Natural/Ufal e doutoranda do Laboratório de Conservação do Século 21 (Lacos 21), Ludmilla da Costa-Pinto é primeira autora do dataset (banco de dados) recém-publicado na conceituada revista internacional Ecology (Foto: Divulgação)

“Dada a falta geral de estudos neste bioma altamente ameaçado, este estudo ajuda a preencher algumas lacunas críticas de conhecimento e fornece informações importantes, tais como a riqueza, composição e dados biométricos dos pequenos mamíferos”, diz Ludmilla. “Conseguimos reunir mais de três mil registros em 816 localidades diferentes e encontrar 47 espécies de pequenos mamíferos, sendo 12 marsupiais e 35 roedores, além de várias outras informações associadas a esses registros, como precisão geográfica e medidas corporais. Foi uma super força-tarefa”, orgulha-se a pesquisadora.

Em comparação à última lista publicada, nosso trabalho inclui três novas espécies na lista de pequenos mamíferos da Caatinga. São três roedores, um dos quais recém-descrito, em 2021, e com nome que homenageia o Nordeste: o Holochilus oxe. Também pudemos observar lacunas geográficas de conhecimento e amostragem no bioma, principalmente nos estados do Rio Grande do Norte e Piauí, que possuem o menor número de registros e localidades amostras”, conclui.

Esse trabalho será um divisor de águas, não apenas pela riqueza de dados inéditos que estão sendo publicados, mas também pelo cuidado com a precisão das informações”, ressalta o professor doutor Ricardo Bovendorp, cientista da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), na Bahia, e um dos coautores.

O artigo, intitulado “Small mammals from the Caatinga: a dataset for the Brazilian semiarid biome”, reúne dados de Coleções Científicas, artigos, teses, livros e dados não publicados, e inclui o registro de três novas espécies para o bioma da Caatinga e zonas de transição (limites com o Cerrado e Mata Atlântica).

Assista o vídeo de divulgação do Lacos 21

Fonte: Território Secreto

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