O PT e a ‘memorável’ Copa de 2014


Está sendo realizada, no Catar, a vigésima segunda edição da Copa do Mundo de Futebol Masculino e, como amante da modalidade e antenado na política nacional, não poderia deixar de lembrar das decepções que vivemos tanto dentro como fora de campo em 2014.

Dentro das quatro linhas, quem não se lembra da fatídica derrota de 7 a 1 da nossa seleção para a Alemanha no dia 08 de julho, na época, comandada por Felipão? Com um gol atrás do outro, a coisa parecia não ter fim, até que, para nosso alívio, elegantemente, a máquina germânica, estrategicamente vestida com uniforme semelhante ao do Flamengo, por respeito ao futebol pentacampeão, pisou no freio… Ufa!

Na contramão do fiasco futebolístico, fora de campo, no Partido dos Trabalhadores (PT), com seus doze anos consecutivos de governo e entrando na porta do impeachment de Dilma, tudo era festa e muita, mais muita corrupção e farra com o dinheiro público. Uma nuvem ofuscava a visão da realidade da massa brasileira que vivia num estado eufórico e irreal, afinal, o modelo político era do “pão e circo”, muitos não imaginavam que a conta chegaria, e com juros e correção.

Após o sorteio que contemplou o Brasil para sediar o evento, as condições da Federação Internacional de Futebol (Fifa) — instituição esportiva que, mais tarde, se mostrou uma das mais corruptas do mundo — elencavam exigências a serem cumpridas e, dentre elas, a que nossos estádios sofressem adaptações e outros fossem construídos, como foi o caso da Arena Pantanal. Mas, como bem disse, o próprio petista, Milton Nascimento “o corrupto vai aonde o dinheiro está” e os ratos de plantão não perderam tempo.

Só para se ter uma ideia da magnitude do iceberg da corrupção, autoridades do judiciário, governadores e parlamentares da legenda petista e de partidos da base do governo Dilma, poste de seu antecessor, Lula da Silva, que fizeram parte do esquema se beneficiaram em mais de R$ 120,9 milhões em propinas, conforme depoimentos de acusados na Lava Jato.

Segundo delatores das empreiteiras Andrade Gutierrez (Otávio Marques de Azevedo) e Odebrecht (Marcelo Odebrecht), somente o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, recebeu mais de R$ 6,3 milhões na reforma que teria o valor inicial de R$ 600 milhões, mas chegou, ao final, na cifra de R$ 1,5 bilhão com o superfaturamento. Nessa mesma empreitada, hoje cumprindo pena, estão o presidente Jonas Lopes e integrantes do Tribunal de Contas do Estado, que teriam cobrado propina para aprovar a concessão do estádio.

A Arena Corintiana, outra na lista dos estádios superfaturados, passou de R$ 420 milhões para R$ 820 milhões. Nesse, o ex-dirigente do clube e deputado federal, Andrés Sanchez (PT), recebeu R$ 500 mil e Vicente Cândido, dirigente da CBF, R$ 50 mil.


Para simplificar, mais um episódio envolvendo o PT e seus comparsas, o Mineirão (de R$ 466,1 milhões chegou a R$ 695 milhões). O governador petista, Fernando Pimentel, a JBS, a HAP Construtora, a Construcap e a Egesa, foram citados pelos delatores.
O Mané Garrincha (passou de R$ 745, milhões para o valor final R$ 1,4 bilhão). Nessa, os envolvidos foram os ex-governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda, que exigiram 1% de “bola” sobre o valor do estádio, detalhe, o mais caro de todos.

A Arena da Amazônia, com custo Inicial de R$ 515 milhões, chegou a R$ 660,5 milhões. Adivinhem quem esteve envolvido? Omar Aziz, o mesmo do circo da covid no Senado Federal, que levou 5% da empreiteira Andrade Gutierrez, juntamente com o ex-governador Eduardo Braga (PMDB).

A Arena da Dunas com projeto inicial de R$ 350 milhões teve o valor final de R$ 400 milhões. O senador Agripino Maia (DEM), o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) e a OAS foram os investigados.
Arena Pernambuco, R$ 4 milhões de superfaturamento; Arena fonte Nova, de R$ 591,7 milhões passou a R$ 684,4 milhões (investigados Andrade Gutierrez e Odebrecht).

Castelão, R$ 518,6 milhões para R$ 623 milhões (investigados: Andrade Gutierrez, Odebrechet e Queiroz Galvão) e Arena do Pantanal que, de R$ 454,2 milhões foi finalizada por R$ 570,1 milhões (investigado o ex-governador Silva Barbosa (PMDB), acusado de receber R$ 5 milhões de propina. Na época, Gil Castelo Branco, diretor-geral da ONG Contas Abertas, disse que o valor pode ser considerado pequeno diante dos R$ 8,3 bilhões que custaram as arenas. Esse é apenas um dos fatos que justifica a preocupação de todos nós que dia e noite resistimos em frente aos quartéis, clamando por socorro.

Entre Copa do Mundo, Olimpíada, Petrolão, Mensalão e tantos outros escândalos nos quatorze anos que o denominado Partido dos Trabalhadores esteve à frente do País, podemos entender os reais interesses da gangue petista. A população sabe da manobra do judiciário, onde forjaram a vitória de um ex-condenado à presidência. Temos um judiciário corrompido, onde tiranos ditam ordens a todo instante contra tudo e contra todos e, para piorar, um presidente inútil e imprestável no Senado, Rodrigo Pacheco, que também merece o mesmo destino do seu apadrinhado Alexandre Moraes, o impeachment.

A nossa democracia está ameaçada por um judiciário esquizofrênico, estamos em plena ditadura, não vivemos mais numa democracia, não temos a garantia da segurança pública, da liberdade e do estado de direito… O nosso judiciário se corrompeu!

Mas a luta continua! Não podemos perder a fé e a esperança de que no final o bem prevalecerá e as futuras gerações nos agradecerão. Liberdade ou morte. Viva o Brasil!!