França pode ser primeiro país da UE a banir voos domésticos
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O movimento quer restringir voos em trajetos muito curtos para reduzir emissões
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Em abril de 2021, legisladores franceses votaram pelo cancelamento de voos em rotas curtas e que podem ser realizadas por trens em menos de duas horas e meia. A medida visa contribuir com a redução das emissões de carbono no país.
A redução das emissões é uma dos compromissos firmados no Acordo de Paris para o mundo frear as mudanças climáticas. Entre as várias mudanças que precisam ser implementadas pelos países, o setor de aviação é um ponto de destaque: estima-se que o transporte aéreo seja responsável por 2,5% a 3% das emissões globais de CO₂.
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É neste contexto que 300 companhias que integram a Associação Internacional de Transportes Aéreos (e representam 83% do tráfego aéreo mundial) assumiram, em 2022, a meta de zerar a emissão de carbono até 2050. Na França, a estratégia é capitaneada pelo próprio governo, que quer eliminar viagens internas de avião, com exceção dos voos de conexão.
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Como há uma boa rede de trens de alta velocidade no país, as linhas ferroviárias podem substituir as poluentes emissões dos voos. A Comissão Europeia validou em dezembro de 2022 o projeto de lei francês. Isso porque a discussão começou desde a adoção da Lei do Clima de 2021 na França e houve uma investigação sobre a possibilidade da proibição ser ilegal. Com o parecer favorável da Comissão Europeia, a França pode se tornar o primeiro país da União Europeia a proibir voos domésticos de curta distância.
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Ainda não está claro quando a proibição de voos domésticos será implementada, mas o que se sabe é que, inicialmente, a lei será limitada. Apenas as rotas entre o aeroporto Orly de Paris e Nates, Lyon e Bordeaux serão proibidas. Tais cidades têm rotas ferroviárias que as conectam. Além disso, a França possui um alto índice de voos de jatos particulares e a proibição não se aplica a eles: são considerados essenciais para o funcionamento da economia nacional.
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Limitações à parte, este não é o primeiro país a seguir este caminho. O governo da Áustria aprovou, em 2020, um imposto sobre todos os voos de menos de 350 quilômetros e baniu os voos que poderiam ser substituídos por uma viagem de trem de três horas.
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Fonte: CicloVivo