Mobilidade

Oslo será primeira cidade do mundo a ter todo transporte público elétrico

Há vários anos a capital da Noruega vem investindo pesado para combater a poluição no país e diminuir sua pegada de carbono. Em 2015, Oslo se tornou a primeira capital do mundo a anunciar que cortaria investimentos em combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás. Meses depois carros foram banidos do centro da cidade e iniciou-se a construção de 60 km de novas ciclovias. Dois anos depois, o governo local começou a dar subsídios para a população de US$ 1.200 para a compra de bicicletas elétricas.

Com a meta de ser um país carbono neutro até 2030, agora a capital norueguesa inicia uma nova fase. Até o final deste ano, todo o sistema de transporte público será elétrico: trens, ônibus, trams e ferries serão movidos a eletricidade.
Parte da frota já tinha sido substituída, mas nos próximos meses cerca de 450 ônibus a diesel serão aposentados. A prefeitura acredita que o investimento de pouco mais de U$ 50 milhões trará resultados de longo prazo. Apesar de veículos elétricos serem mais caros, sua manutenção é bem mais barata.

(Foto: Divulgação Ruter)

Além de diminuir significativamente a emissão de gases de efeito estufa, e assim, minimizar os impactos da crise climática, as autoridades ressaltam a importância na redução da poluição sonora e do ar. Veículos elétricos são mais silenciosos e um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 2022, alertou que a contaminação do ar é uma das maiores ameaças à saúde dos europeus. Mais de 300 mil mortes prematuras estiveram associadas a ela em 2019.

E não é só o transporte público que está sendo “eletrificado”. Turistas que visitam a cidade também têm à disposição táxis, shuttles e carros de aluguel elétricos. Na verdade, veículos movidos a gasolina ou diesel hoje em dia já são em menor números nas ruas de Oslo.

Apesar das boas notícias, uma grande preocupação de especialistas é com o descarte das baterias elétricas no futuro, afinal elas também serão fonte de poluição e possível impacto ambiental. Ademais, há um temor de como funcionará o mercado pela exploração de matérias-primas como o lítio, um dos principais componentes nesses motores sem combustão. Muitos apostam que haverá um boom de empresas de reciclagem de baterias, caso contrário o que veio para se tornar uma alternativa sustentável pode se transformar em um novo grande problema para o planeta.

Fonte: Conexão Planeta

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