Tecnologia & Inovação

A inteligência pode ser separada do corpo?

A inteligência artificial precisa de corpos para se desenvolver? Essa é a dúvida de muitos especialistas

por: Bruno Capozzi

O jornal The New York Times fez uma pergunta: é possível existir inteligência separada de um corpo? A dúvida, que pode parecer meio esdrúxula, tem a ver com os mais recentes desenvolvimentos da inteligência artificial.
Todo mundo ainda está tentando entender o que a nova geração desses sistemas representa e como eles vão evoluir. Um dos maiores temores é saber se a inteligência artificial pode ter alguma ética; ou seja, respeitar algum limite e, com isso, não destruir a humanidade.

Uma boa parte dos que trabalham com o assunto acredita que sim. E o caminho para isso é colocar as inteligências artificiais dentro de corpos. Eles defendem que a inteligência humana só evoluiu porque ela é resultado da mistura entre os nossos cérebros e os nossos corpos.

Vídeo de divulgação do Moxie (Crédito: Embodied, Inc.)

Ideia saindo do papel: conheça a Moxie
Um dos exemplos dessa tentativa é o Moxie, um pequeno robô que usa o mesmo tipo de inteligência artificial que o ChatGPT. Os criadores do Moxie esperam que, ao oferecer à inteligência artificial um corpo, eles vão conseguir não apenas fazer com que o sistema evolua mais rapidamente, mas também com que essa evolução seja mais segura para todos.

O corpo, de uma forma muito simples, é a base para uma ação inteligente e cautelosa”, argumenta Joshua Bongard, um roboticista da Universidade de Vermont. “Até onde posso ver, este é o único caminho para uma IA segura”.

Mais ou menos do tamanho de uma criança, o Moxie tem uma cabeça em forma de lágrima, mãos macias e olhos verdes. Dentro de seu corpo de plástico rígido, há um processador de computador que executa o mesmo tipo de software que o ChatGPT.

Vídeo de divulgação do Moxie (Crédito: Embodied, Inc.)

Os fabricantes do Moxie, parte de uma startup chamada Empowered, descrevem o dispositivo como “o primeiro amigo robô de IA do mundo”.

  • O bot foi concebido em 2017 para ajudar crianças com o aprendizado social, emocional e cognitivo.
  • Quando alguém fala com o Moxie, seu processador converte o som em texto, que alimenta o sistema interno de IA.
  • O Moxie é bem expressivo. Seus olhos podem se mover para demonstrar consolo e incentivo. Ele também pode sorrir.
  • O robô possui sensores que captam pistas visuais e respondem sua linguagem corporal, imitando e aprendendo com o comportamento das pessoas ao seu redor.

É quase como uma comunicação sem fio entre humanos”, disse Paolo Pirjanian, um roboticista e fundador da Empowered. “Você literalmente começa a sentir isso em seu corpo”. Com o tempo, o robô fica melhor nesse processo de dar e receber, como um amigo conhecendo você.

Fonte: Olhar Digital

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