Saúde

Medicamento teste contra Alzheimer tem resultado promissor

Um medicamento experimental para o combate ao Alzheimer apresentou resultados promissores durante testes em estágios avançados. A droga donanemab, desenvolvida pela farmacêutica Eli Lilly, foi capaz de diminuir o declínio cognitivo de pacientes com a condição em até 35%. Contudo, o tratamento também trouxe riscos e prejuízos para o cérebro em alguns casos.
Para os testes, os pesquisadores selecionaram: 1.182 pacientes que receberam o diagnóstico de estágio inicial do Alzheimer e tinham depósitos de beta-amiloide e níveis intermediários de tau no cérebro. As duas proteínas estão relacionadas à progressão da doença e à morte das células cerebrais; e 552 pacientes com altos níveis de tau no cérebro.
Eles também usaram como base a Escala de Avaliação Clínica de Demência (CDR-SB), já bastante conhecida entre a comunidade científica. Assim, a droga donanemab foi capaz de retardar a progressão da condição em 35% a 36%, em comparação com um placebo, nas pessoas do primeiro grupo. Quando combinados os dois grupos, esse número chegou a 22% de acordo com a escala da própria fabricante, e a 29% com base na CDR-SB.
Os cientistas disseram que as conclusões estavam praticamente no mesmo nível do lecanemab, outro medicamento que reduziu em 27% o declínio cognitivo de pacientes com Alzheimer durante testes. A droga é da Eisai Co Ltd e da Biogen Inc e comercializada sob a marca Leqembi.
A Eli Lilly afirmou que planeja entrar com pedido de aprovação da substância nos Estados Unidos até o final de junho e com reguladores de outros países em seguida. A empresa também diz que 47% dos pacientes não tiveram progressão da doença em 12 meses, em comparação com 29% do grupo placebo.
Contudo, assim como aconteceu com compostos parecidos, a droga trouxe efeitos colaterais em alguns indivíduos. O inchaço cerebral, por exemplo, acometeu 24% dos participantes, com 6,1% manifestando sintomas. A incidência de casos graves de inchaço chegou a 1,6%.
Além disso, houve hemorragia cerebral em 31,4% do grupo donanemab e em 13,6% do grupo placebo.

Existem riscos na medicina, mas acho que quando você vê esses resultados no contexto de uma doença fatal com risco de vida, eles são bastante significativos”, afirmou a executiva Anne White, da Lilly Neuroscience, à Reuters.

Fonte: Vitat

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