Saúde

Asma no frio: por que as crises aumentam nesta época do ano?

Por Amanda Preto

De acordo com o Ministério da Saúde, 10% da população no Brasil tem asma. A doença crônica pode atrapalhar muito a qualidade de vida em qualquer época do ano, e é responsável por cerca de 400 mil internações. Contudo, o frio típico do outono e do inverno costuma ser mais agressivo com quem convive com asma, que sofre mais crises de falta de ar. Mas, por que as temperaturas mais frias agridem o sistema respiratório, e o que fazer para prevenir essa situação?

O frio favorece qualquer doença respiratória ou contagiosa: além da asma, gripes, pneumonias, rinites, sinusites e diversas outras “ites” são algumas das queixas que crescem nos hospitais e consultórios médicos. O principal motivo é o ar seco com pouca umidade, que irrita as vias respiratórias e desencadeia o processo inflamatório. No caso da asma, o tempo seco provoca a típica inflamação dos brônquios, que ficam mais sensíveis a outros fatores: ácaros, poeira, alterações na temperatura, poluentes e infecções por vírus.

Vale dizer que um fator influencia o outro; portanto, o ar seco não é o único gatilho, mas se agrega às demais circunstâncias. Contudo, um cenário específico se instala no outono e no inverno: com o frio, temos o hábito de ficar mais em ambientes fechados, com pouca ventilação. Isso aumenta as chances de contrairmos doenças virais, que elevam as chances de uma crise alérgica. Principalmente se nos reunirmos com pessoas doentes e nossa imunidade estiver baixa.

As providências devem começar antes mesmo do termômetro despencar. Afinal, a asma é uma condição crônica que exige controle permanente. Então, para se manter livre das crises respiratórias da doença, é importante seguir um tratamento com medicamentos e tomar algumas atitudes. São elas:

Busque ajuda médica
Se você tem sintomas frequentes com falta de ar, tosse, chiado e aperto no peito, mas não sabe se tem asma, consulte um médico pneumologista. Para diagnosticar o problema, serão necessários exames variados, incluindo os testes de função pulmonar. Eles ajudam a identificar a asma e, dessa forma, o direcionamento para os cuidados ideais.

Faça o tratamento de forma correta
Embora não tenha cura, os tratamentos disponíveis melhoram muito os sintomas da asma e proporcionam o controle e boa qualidade de vida. Geralmente, eles se baseiam em dois tipos de medicações. Medicação de manutenção: tem o objetivo de prevenir os sintomas, as crises de asma e, assim, reduzir a inflamação dos brônquios e manter o controle da doença.
Prescrição de alívio: melhora os sintomas da asma durante a crise, como é o caso da bombinha de salbutamol.

Cuide dos agentes desencadeadores
A maioria dos pacientes com asma são naturalmente alérgicas. Ou seja, garantir a prevenção da asma apenas no frio e com uso de medicamentos não é o suficiente. É fundamental ter a higiene completa da residência e local de trabalho, evitando contato com alérgenos ambientais. Essa parte da jornada é indispensável, e também inclui: abandono do tabagismo, assim como evitar contato com quem fuma; interrupção do uso de medicações que possam agravar a asma; conhecimento de outros fatores alérgicos (produtos de limpeza e alimentos, por exemplo); vacinação completa contra influenza (anualmente), pneumococos e covid-19, de acordo com orientações médicas; Limpeza rigorosa de tapetes, móveis e roupas de cama e banho. Ventilação natural do ambiente, e usar o ar-condicionado somente quando for essencial.

Fonte: Vitat

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