Economista questiona tese de que reforma de impostos do governo vai gerar crescimento
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2023/06/erik-figueiredo.jpg)
Por Célio Yano
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2020/02/WhatsApp-Image-2022-09-23-at-12.09.18-1024x111.jpeg)
O economista Erik Figueiredo põe em dúvida a hipótese de que a reforma tributária apoiada pelo governo vai necessariamente incrementar o PIB. “Isso é baseado em um modelo que ninguém sabe de fato se funciona, se foi calibrado da forma correta”, diz Figueiredo, que presidiu o Ipea em 2022 e hoje é diretor-executivo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), ligado ao governo de Goiás.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2022/02/Banner-2.png)
Quando você olha a evidência internacional, não consegue encontrar nenhuma experiência concreta que de fato observe isso”.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2020/02/barao-das-carnes-300x164-1.jpg)
O economista comparou a taxa de crescimento de países que usam o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) cinco anos antes da adoção do imposto e cinco anos depois. Em média, o crescimento no quinquênio anterior foi de 1,7%, enquanto que no pós-IVA o ritmo de aumento no PIB foi de 1,1%. No caso da Argentina, o avanço do indicador nos dois períodos foi de 4,6% e de 2,1%, respectivamente.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2020/02/logo-embacia.jpg)
Então, na verdade, houve uma desaceleração nesses países. Só no Brasil que está garantido esse crescimento?”, questiona. “Evidente que não estamos discutindo uma relação de causa e efeito aqui. Há muitas particularidades que podem determinar o sucesso ou não do IVA nos diferentes países. Mas são justamente essas particularidades que estão sendo colocadas de lado neste momento”, ressalta.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2020/02/logo_esteio.jpg)
Fonte: Gazeta do Povo