Comportamento & Equilíbrio

Crianças correm riscos com aumento do uso de celulares

O médico pediatra André Kot comenta que acesso constante e prolongado às telas afeta habilidades sociais, de linguagem, concentração, sono e saúde da visão

Em um mundo cada vez mais conectado e digital, as telas eletrônicas (principalmente os celulares) se tornaram parte integrante da vida cotidiana. Uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil mostrou que houve um crescimento significativo na proporção de usuários da rede na faixa de nove a 10 anos, sendo que de 2019 a 2021 houve um aumento de 13%.
O pediatra André Kot ressalta a importância de compreender os efeitos prejudiciais de celulares no desenvolvimento saudável das crianças e comenta que o acesso constante e prolongado às telas eletrônicas pode afetar negativamente aspectos-chave do desenvolvimento infantil, como habilidades sociais, linguagem, concentração e sono.

A interação face a face com os pais e cuidadores desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da fala e da linguagem. Quando as crianças passam longos períodos imersas em telas, essas interações essenciais são prejudicadas, o que pode levar a problemas na comunicação e no vocabulário”, explica.

Ao passarem a maior parte do tempo em frente às telas, elas perdem a oportunidade de interagir com outras crianças e aprender habilidades importantes, como compartilhar, esperar a vez e resolver conflitos”.

Além do prejuízo no desenvolvimento cognitivo e social, o pediatra lembrou que as telas também são responsáveis ao atrapalharem o descanso e são um dos principais causadores dos problemas de visão.

A exposição à luz azul emitida pelas telas antes de dormir interfere na produção de melatonina, um hormônio que regula o sono. Isso pode resultar em dificuldades para adormecer e em padrões de sono fragmentados, o que prejudica o descanso adequado e, por consequência, o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. Além disso, o uso excessivo de telas, tem sido o maior responsável pela miopia e o estrabismo nas crianças”, conclui.

Fonte: Viva Saúde

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