Outra vez


Outra vez eu te
Busco calado, eu
Te caço no espaço
Infinito e mesmo
De longe eu sigo
Os teus passos
Mais uma vez eu
Te procuro no escuro
Do quarto vazio, eu
Te vasculho na cama
Fria em meio ao
Emaranhado dos
Nossos lençóis

Como sempre eu te
Perquiro nos sonhos
Mais loucos e me sacio
Nos teus braços
Como pródigo do
Amor eu me rendo,
Engulo o orgulho e
Varro para baixo do
Tapete toda a minha
Dignidade

Caio e recaio inúmeras
Vezes do cavalo sem
Aprender com os erros
Do passado, eu não
Resisto aos teus
Encantos e me entrego
De novo, refém dos teus
Caprichos inconfessáveis
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