Saúde

Azeite de oliva pode reduzir risco de morte por demência, diz estudo

Cientistas descobriram que consumir mais de meia colher de sopa de azeite por dia diminui em 28% o risco de morte por demência

Por Alessandro Di Lorenzo

O azeite de oliva é apontado como um exemplo de um “superalimento” que pode ajudar a viver mais quando consumido como parte de uma dieta saudável. Agora, um novo estudo sugere que o produto reduz o risco de morte por demência. A pesquisa foi conduzida por pesquisadores de Harvard, nos Estados Unidos, e apontou que o consumo do azeite no lugar de margarina e maionese, por exemplo, pode diminuir os riscos de óbito por demência.
Foram levados em conta registros de mortes de mais de 90 mil pessoas nos EUA ao longo de três décadas. Deste total, 4.789 foram óbitos causados pela demência. A doença inclui uma série de condições que afetam a memória e outras habilidades mentais o suficiente para interferir na vida diária. As condições são causadas por alterações físicas no cérebro, sendo a doença de Alzheimer o tipo mais comum.

Os cientistas descobriram que aqueles que consumiram mais de meia colher de sopa de azeite por dia tiveram um risco 28% menor de morrer de demência em comparação com aqueles que nunca ou raramente comeram azeite. O estudo também mostrou como a substituição de uma única colher de chá de margarina ou maionese por azeite de oliva diariamente também foi associada a um menor risco de morrer de demência entre 8% e 14%.

Nosso estudo reforça as diretrizes dietéticas que recomendam óleos vegetais, como o azeite de oliva, e sugere que essas recomendações não apenas apoiam a saúde do coração, mas potencialmente a saúde do cérebro também”, disse Anne-Julie Tessier, pós-doutoranda da Harvard TH Chan School of Public Health.

Pesquisas anteriores sugeriram que as pessoas que usam azeite de oliva em vez de gorduras processadas ou animais tendem a ter dietas mais saudáveis e resultados de saúde potencialmente melhores. Alguns estudos ainda ligaram a maior ingestão de azeite com um menor risco de doenças cardíacas. Agora, esse novo trabalho dos pesquisadores indica que o azeite de oliva tem propriedades que são exclusivamente benéficas para a saúde do cérebro.

Alguns compostos antioxidantes no azeite de oliva podem atravessar a barreira hematoencefálica, potencialmente tendo um efeito direto no cérebro. Também é possível que o azeite de oliva tenha um efeito indireto na saúde do cérebro, beneficiando a saúde cardiovascular”, destacou Tessier.

A pesquisa ainda está na fase observacional, ou seja, não há comprovação de que a ingestão do produto de fato reduza o risco por demência. Mais estudos serão necessários para confirmar ou não o efeito, mas tudo indica que o consumo do azeite de oliva é, no mínimo, benéfico à saúde.

Fonte: Olhar Digital

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