Bem-estar

Grounding: pisar descalço na terra vira terapia

Qual foi a última vez que você pisou descalço na terra ou na grama? A prática, muito comum na infância, agora é considerada terapêutica, e pode trazer benefícios para a saúde mental e emocional. O grounding (ou aterramento, em português) é uma técnica que envolve realizar atividades que reconectam à terra. Do ponto de vista científico, o segredo por trás do grounding é que, ao nos conectarmos com a Terra, que tem carga elétrica negativa, o corpo seria capaz de absorver elétrons de sua superfície. Então, tais elétrons teriam efeito antioxidante no corpo, desenvolvendo assim uma carga positiva. Com isso, cargas elétricas positivas e negativas se atraem e se neutralizam, deixando o corpo em estado “neutro” ao ter contato com a Terra.
Dessa maneira, quem pratica o grounding, defende que a prática pode ser útil para tratar inflamação, doenças cardiovasculares, danos musculares, dor crônica e até melhorar o humor. Em um estudo da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, 10 participantes saudáveis pisaram na terra. Então, os cientistas realizaram medições de sangue antes e depois do aterramento para determinar alterações na fluidez dos glóbulos vermelhos, que desempenham um papel na saúde do coração.

Dessa maneira, os resultados indicaram uma quantidade significativamente menor de células vermelhas no sangue após o grounding, o que sugere benefícios para a saúde cardiovascular. Já uma pesquisa da Universidade de Irvine, também nos Estados Unidos, examinou o papel do grounding nos danos musculares pós-exercício. Assim, os pesquisadores usaram tapetes de aterramento e mediram a creatina quinase, a contagem de glóbulos brancos e os níveis de dor antes e depois do aterramento.

Com isso, o exame de sangue indicou que o aterramento reduziu os danos musculares e a dor nos participantes. Por isso, pesquisadores revelaram que a técnica pode influenciar as habilidades de cura. Da mesma forma, uma análise do Departamento de Medicina de Família e Saúde Pública da Universidade da Califórnia reuniu 16 massoterapeutas que alternaram entre períodos de aterramento e sem aterramento.

Antes da terapia de grounding, o estresse físico, emocional e a dor eram efeitos colaterais comuns de seus trabalhos fisicamente exigentes. No entanto, após a terapia, dor, estresse, depressão e fadiga foram reduzidas entre os participantes. Por fim, especialistas reforçam que tais estudos não são suficientes e que ainda não existem bases científicas que comprovam os mecanismo de ação da técnica.

Tipos de grounding
Andar descalço
Você já esteve em um dia quente de verão e sentiu vontade de correr descalço na grama? Essa é uma das maneiras mais fáceis de praticar a terapia. Seja na grama, areia ou até lama, permitir que a pele toque o solo natural pode fornecer energia de aterramento.

Deitar no chão
É possível aumentar o contato da pele com a terra deitado no chão, em lugares como a grama de um parque ou a areia da praia.

Mergulhar
De acordo com os defensores do aterramento, a água também é útil para aterrar da mesma maneira que a terra física. Eles sugerem simplesmente mergulhar em um lago ou nadar no oceano como uma maneira de se conectar.

Benefícios do grounding
• Praticantes relataram melhorias para condições como:
• Fadiga crônica;
• Dores;
Ansiedade e depressão;
• Distúrbios do sono;
• Doença cardiovascular.

Fonte: Vitat

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