Cigarro está ligado a 85% dos casos de câncer de pulmão


Dados de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2012, já apontavam os riscos que o tabagismo traz à saúde. De acordo com o documento, o cigarro está ligado a cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão. Por isso, para combater o vício em fumo, é muito importante abordar o assunto.
O Dr. Wesley Pereira Andrade, médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), confirma que o tabagismo é o principal fator de risco para a doença. “Cerca de 85% dos casos têm o cigarro como agente causador. Vale ressaltar que o risco é para o tabagista direto ou indireto (fumante passivo)”, adverte.

O câncer de pulmão consiste no segundo câncer mais comum em todo mundo, ficando atrás apenas do câncer de mama. E é o que mais leva ao óbito, uma vez que o índice de mortalidade chega a 80%. Já no Brasil, os números são um pouco mais baixos. O câncer de pulmão é o quarto em incidência, atrás dos de mama, próstata e intestino.

Tosse, rouquidão, escarro por sangue, dor torácica e perda de peso são os sintomas mais comuns nas fases mais avançadas da doença, o que limita as chances de cura, já que apenas 16% dos casos são detectados na fase inicial.
O diagnóstico é realizado por tomografia de tórax, que evidencia o nódulo pulmonar. Posteriormente, uma biópsia confirma a conclusão e fornece informações precisas ao médico no sentido de avaliar o tipo e o subtipo do câncer. Após a biópsia, é necessário fazer um check-up do corpo para conhecer a extensão da doença oncológica.

Para o câncer de pulmão inicial, do subtipo “não pequenas células”, o tratamento é cirúrgico, podendo ser seguido de quimioterapia e radioterapia. Além destas técnicas, a terapia-alvo está sendo muito usada, uma vez que consiste em um tratamento inteligente que vai ao encontro das células neoplásicas, poupando as saudáveis.
Nos casos mais avançados, o tratamento cirúrgico não é efetivo. O paciente deve recorrer a outras técnicas de tratamento.

No que se refere à prevenção, a principal estratégia é parar de fumar. Aos pacientes que fumam e não conseguem parar, uma tentativa é detectar o câncer em fase inicial por meio de um screening com tomografia computadorizada de baixa taxa de doses, iniciado em torno dos 55 anos de idade e com periodicidade anual”, completou o oncologista.

Fonte: Vitat