Política

A Semana em Brasília e no ES — ‘Teatro das tesouras’: A estratégia de Aécio Neves ganha força no cenário político

Por Raul Holderf Nascimento

Aécio Neves, uma das figuras de maior prestígio no PSDB, tem planos de reviver o estratagema conhecido como ‘teatro das tesouras’ nas próximas eleições. Esse termo descreve a situação em que membros de um mesmo grupo político se fragmentam em diferentes alas, aparentando representar diversos segmentos eleitorais, embora, na realidade, todos compartilhem os mesmos interesses, sem deixar isso claro para o eleitorado.
A longa rivalidade entre PT e PSDB se tornou um exemplo notório desse ‘teatro das tesouras’. Durante muitas décadas, esses dois partidos se apresentaram como adversários, com figuras proeminentes como Lula, FHC, Dilma e Aécio. No entanto, essa rivalidade superficial permitiu que ambos dominassem a polarização em várias eleições, tanto em nível nacional quanto municipal.

Surpreendentemente, novos atores políticos emergiram no cenário, desafiando essa controversa disputa entre PT e PSDB e se tornando novos concorrentes. Jair Bolsonaro, que teve afiliações recentes com o PSL e o PL, é a figura principal que desestabilizou essa dinâmica.
Com o surgimento do ‘bolsonarismo raiz’, PT e PSDB, que costumavam ser rivais de fachada, mas que compartilhavam objetivos semelhantes nos bastidores, optaram por temporariamente suspender o ‘teatro das tesouras’ e, em vez disso, uniram forças na busca pela sobrevivência no poder.

Teatro das tesouras 2.0
Apesar dessa aliança, direta ou indiretamente, o PSDB sofreu perdas significativas em todo o país, perdendo terreno em redutos antes sólidos, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e, especialmente, São Paulo. A guinada do PSDB para uma postura mais à esquerda o deixou em uma posição politicamente frágil e de menor relevância.
Atualmente, sem uma liderança nacional capaz de liderar uma reviravolta estratégica, Aécio Neves está trabalhando nos bastidores para ressuscitar o que muitos veem como uma nova encenação do ‘teatro das tesouras’.

O capital político de Aécio sofreu abalos depois das acusações de propina em 2017. A absolvição só veio em 2022. Agora, fundamentado nessa decisão judicial, Aécio deseja direcionar o PSDB em uma direção diferente, criando uma rivalidade com o campo político oposto, que durante muito tempo se concentrou no lulopetismo.

Aécio Neves está ciente de que a paisagem política nacional mudou drasticamente, e ele está determinado a ressurgir como um adversário de Lula e estabelecer um bloco de oposição ao governo federal. Quanto à duração dessa rivalidade aparente, ainda não está claro se será de curto prazo ou se planejam mantê-la em futuras eleições. A derrota de João Doria nas últimas eleições é o incentivo para que Aécio retorne ao cenário político, promovendo a ideia de uma forte coalizão ‘café com leite’, que traria São Paulo e Minas Gerais de volta ao centro do poder político nacional. (Fonte: Conexão Política)


Por que o chavismo teme eleições limpas: pesquisa mostra larga vantagem de opositora sobre Maduro

(Foto: Reprodução)

Uma pesquisa mostrou que a ex-deputada María Corina Machado é a grande favorita para vencer não só as primárias da oposição da Venezuela, que serão realizadas em 22 de outubro, como para derrotar o ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial de 2024.

Segundo um levantamento da consultoria ORC, Machado tem 68% das intenções de voto para as primárias da oposição. O segundo colocado, Henrique Capriles, teria somente 7,3%. Numa simulação para um confronto com Maduro, a ex-deputada teria 47,2% dos votos, contra apenas 13,5% para o ditador venezuelano.
A pesquisa foi realizada de 28 de julho a 5 de agosto, com 1.111 venezuelanos entrevistados, e tem margem de confiança de 95% e margem de erro de 2,5% para mais ou menos.

Dados os números de María Corina, penso que o partido no poder [PSUV] vai dizer, ‘Olha, não posso permitir que haja primárias’, dados os números que [ela] está apresentando. ‘Não posso permitir, não devo permitir que haja primárias porque isso me afastaria do centro de decisão, porque o povo também aposta numa renovação da liderança’”, afirmou o diretor da ORC, Oswaldo Ramírez, em entrevista ao site argentino Infobae.

Ramírez faz referência aos métodos da ditadura chavista para tentar sabotar as primárias da oposição: além de inabilitar candidatos oposicionistas, como a própria Machado, a ditadura venezuelana tem permitido, promovido e incentivado agressões contra esses políticos e fez uma manobra para que um novo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) fosse designado.
O novo presidente do órgão, Elvis Amoroso, é filiado ao partido de Maduro e foi o controlador-geral que inabilitou Machado e outros oposicionistas. (Fonte: Terra Brasil Notícias)


Oito meses após a posse, governo Lula já tem ministro na mira da PF por suspeita de corrupção
Por Raul Holderf Nascimento

(Foto: Folhapress)

Passados oito meses do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, a Polícia Federal já tem sua mira voltada contra o alto escalão da atual gestão federal. Não se trata de investigações sobre supostos atos enquadrados como antidemocráticos, sobre eventuais fake news ou qualquer discurso apontado como odioso, mas de suspeitas de corrupção.

Assim como as quatro gestões presidenciais petistas foram marcadas por escândalos, com Lula e Dilma Rousseff à frente do Planalto do Planalto, a atual gestão já tem um nome em desdobramentos da PF. Trata-se de Juscelino Filho (União Brasil), ministro das Comunicações, investigado por suspeita de participar de um esquema de desvio de recursos federais por meio de emendas parlamentares.

Há suspeitas de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro de verbas federais encaminhadas à Codevasf — Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.
A PF, segundo a Folha de S.Paulo, chegou a pedir para entrar no apartamento funcional do ministro e apreender equipamentos. Barroso, no entanto, negou.
No âmbito das investigações, os agentes dizem ter rastreado o desvio de emendas parlamentares para a pavimentação de asfalto em Vitorino Freire.

A empresa responsável era a Construservice, contratada pela Codevasf quando Juscelino Filho era deputado federal. A PF afirma que, se confirmadas as suspeitas, os alvos poderão responder por fraude em licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.
Em nota, Juscelino negou estar envolvido em irregularidades e se disse aberto a esclarecimentos. Também em comunicado, a empreiteira investigada afirmou que vai colaborar com as autoridades. (Fonte: Conexão Política)


Norte-americanos estão ‘descobrindo a corrupção’ de Biden, avalia colunista

(Foto: EFE/EPA)

Pesquisa recente revela que 52% de cidadãos norte-americanos já consideram Joe Biden um presidente corrupto. Colunista do jornal New York Post, Miranda Devine avalia que cerca de 13% dos eleitores democratas “descobriram a corrupção” que ronda a gestão do atual ocupante da Casa Branca.

As investigações sobre os acordos milionários de Hunter Biden, filho presidente dos Estados Unidos, em negócios “nebulosos” na China, na Ucrânia, na Rússia e na Romênia causaram forte impacto sobre a visão do próprio eleitorado democrata. O filho de Biden enfrenta outras investigações que envolvem sonegação de impostos e porte ilegal de arma.

Congressistas republicanos anunciaram que estão investigando o acordo judicial de Hunter Biden com promotores da Justiça norte-americana para se livrar das acusações. Um delator não identificado revela, segundo documento que se tornou público recentemente, que Hunter teria usado a influência política do pai para se proteger das investigações. Um pesquisa recente revela que a desaprovação de Joe Biden aumentou. Em junho, o índice chegou a 55,5%. Os números partem do site YouGov.

Impeachment de Biden está em andamento
O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, afirmou, nesta semana, que tem o apoio de parlamentares do Partido Republicano para iniciar um inquérito de impeachment contra Biden.
O líder da Câmara também ressaltou a falta de colaboração da administração Biden com pedidos relacionados à investigação contra Hunter. No entanto, a possibilidade ainda é discutida entre os republicanos, já que a bancada de oposição a Biden não tem os 218 votos necessários para abertura do processo. (Fonte: Foco no Fato)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Related Posts

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EnglishPortugueseSpanish