A Semana em Brasília e no ES — Deputados brasileiros vão aprovar moção de repúdio aos ataques contra Israel
Por Marcos Rocha
Deputados brasileiros estão se mobilizando para aprovar, na próxima semana, uma moção de repúdio aos ataques realizados pelo grupo palestino Hamas contra o Estado de Israel. Dois pedidos nesse sentido já foram oficialmente apresentados na Câmara dos Deputados: um deles é de autoria do deputado Marcos Pereira (SP), que também é o presidente nacional do Republicanos, e o outro é de autoria do deputado Kim Kataguiri (SP), do partido União Brasil.
O documento propõe uma condenação enfática aos ataques e bombardeios ocorridos em Israel, classificando esses atos como atos de terrorismo e violações das normas internacionais. Marcos Pereira, que também ocupa a posição de 1º vice-presidente da Câmara, destaca em seu pedido que os ataques a Israel “não possuem precedentes” e “têm afetado todo o mundo”, descrevendo-os como “covardes”. Ele ressalta que é fundamental que essas ações não sejam esquecidas.
O pedido de Kim Kataguiri também expressa solidariedade ao povo israelense, condenando veementemente os atos de violência que resultaram em perdas humanas e violações da soberania de Israel. O documento enfatiza que o ataque foi iniciado pelo Hamas, uma organização terrorista, sem provocação ou ação prévia por parte de Israel. Além disso, aponta que Israel vinha tentando manter a paz na Faixa de Gaza e melhorar a situação civil na região. (Fonte: Conexão Política)
Oposição apresentará relatório à parte na CPMI do 8 de janeiro, diz Magno Malta
Por Ana Carolina Curvello
Após a CPMI do 8 de janeiro fechar acordo para votar o relatório final no dia 18 de outubro, o senador Magno Malta (PL-ES) informou que a oposição irá apresentar um relatório separado, em contraponto ao da relatora Eliziane Gama (PSD-MA).
Nós vamos trabalhar no sentido de combater a ilegalidade da CPMI e da negação dos instrumentos. Será um relatório com consistência, porque sabemos que eles (o governo) tem maioria para aprovar o relatório da Eliziane”, diz o senador.
Malta alegou que o relatório da CPMI já deve estar pronto, sem apontar as imensas irregularidades judiciais contra os invasores do dia 8 de janeiro. “No nosso relatório, serão denunciadas todas as ilegalidades contra os presos do 8 de janeiro. O judiciário não cooperou e muito pelo contrário, essas pessoas não foram ouvidas e nem visitadas”, explica.
No relatório paralelo, os parlamentares da oposição ainda irão definir os nomes que devem ser indiciados, mas alguns já apontam que devem pedir o indiciamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e também do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias.
“Vamos preparar o nosso relatório para colocar por terra a narrativa de que houve atos de terror. Atos de terror houve em 2014, quando o MST tentou invadir o STF e o Congresso – botaram fogo na esplanada. Tudo isso virou ato democrático e antidemocrático só a partir de Jair Bolsonaro”, concluiu Magno Malta. (Fonte: Gazeta do Povo)
Ministro de Lula defende semana de trabalho com apenas quatro dias: ‘Passou da hora de discutir’
Por Gianlucca Gattai
Na manhã de segunda-feira (09), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu que o Brasil adote a semana de expediente de quatro dias. A declaração foi dada durante audiência no Congresso Nacional. “Eu acredito que passou da hora de discutir. Não tratei disso com o presidente Lula. É a minha opinião, não de governo. Mas tenho certeza que o presidente Lula não iria bloquear um debate, em que a sociedade reivindique que o Parlamento analise a possibilidade de redução da jornada de trabalho sem redução dos salários evidentemente. Eu acho que a economia brasileira suportaria”, afirmou Marinho na audiência.
A iniciativa internacional, chamada “4 Day Week Global”, defende a possibilidade de reduzir a jornada de trabalho para quatro dias seguindo o princípio 100 – 80 – 100: 100% do salário, trabalhando 80% do tempo, mas com 100% de produtividade. (Fonte: Gazeta Brasil)
Ministros de Lula usaram 49% mais voos da FAB do que os de Bolsonaro
Por Marcos Rocha
Nos nove primeiros meses de 2023, a Força Aérea Brasileira (FAB) registrou um total de 1.574 decolagens para atender às demandas de autoridades do governo sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esses números excluem os voos do próprio presidente e do vice-presidente da República. Em comparação com o mesmo período na administração anterior, quando Jair Bolsonaro (PL) estava no poder, os membros do alto escalão do governo atual fizeram mais voos. Entre janeiro e setembro de 2019, foram registrados 1.053 voos, representando um aumento de 49% nas solicitações de voos oficiais da FAB em 2023.
No geral, esses voos oficiais ocorrem para uma variedade de destinos, abrangendo desde áreas remotas no interior dos estados do Nordeste até regiões isoladas da Amazônia, além de grandes centros urbanos como São Paulo, que é o destino mais frequente entre os ministros.
A legislação permite que membros do primeiro escalão do governo utilizem as aproximadamente 30 aeronaves da FAB em três circunstâncias: para fins de serviço, sendo a mais comum; por razões de segurança; ou em casos de emergência médica, que raramente ocorrem.
Para solicitar uma aeronave, a autoridade deve seguir uma fila, que considera a antiguidade da criação de seus respectivos ministérios, com prioridade para os mais antigos. Além disso, cada ministro tem a capacidade de transportar até 15 convidados, que não necessariamente precisam ser servidores públicos. Parlamentares do Congresso Nacional também utilizam essa prerrogativa para fins políticos em seus redutos eleitorais.
Entre os ministros que mais utilizaram a FAB para voos em 2023 está o da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, com um total de 79 voos realizados de norte a sul do País. Vale ressaltar que muitas dessas viagens coincidiram com sextas-feiras no Maranhão, estado natal do ministro, onde ele possui base eleitoral. Em todos os casos, o ministro justificou a utilização das aeronaves oficiais com base em motivos de segurança. (Fonte: Conexão Política)
Lula fala em ‘terrorismo’, mas relativiza ataque do Hamas contra Israel
Por Marcos Rocha
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi às redes sociais no último sábado (7) para repudiar os eventos que ele descreveu como “ataques terroristas” direcionados a Israel. Apesar de sua declaração, o petista adotou uma abordagem ambivalente, deixando de mencionar o Hamas, o grupo terrorista responsável pelos trágicos acontecimentos, e ainda defendeu a ideia de criar um Estado palestino com base em critérios de sustentabilidade econômica.
“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, escreveu Lula no X, antigo Twitter.
Essa não é a primeira vez que Lula emite declarações ambíguas em relação a conflitos internacionais. O presidente do Brasil já adotou uma postura semelhante em pelo menos duas ocasiões ao mencionar a invasão russa no território ucraniano.
O ataque ocorrido mais cedo foi caracterizado como uma ofensiva surpresa contra o Estado de Israel, que sofreu mais de 2.200 ataques de foguetes. De acordo com autoridades de Tel-Aviv, já foram confirmadas mais de 100 mortes, incluindo um grande número de civis. Em resposta, o governo israelense ordenou uma série de bombardeios na Faixa de Gaza. (Fonte: Conexão Política)
Brasil lidera ranking de peso da conta de luz no orçamento dos consumidores
O Brasil está no topo de um ranking que avalia o impacto das contas de luz no orçamento dos consumidores em comparação com 33 nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado “clube dos ricos”. De acordo com um levantamento elaborado pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace), os brasileiros comprometem, em média, 4,54% de sua geração de riqueza anual com o pagamento da tarifa residencial, o maior valor entre os países analisados.
Essa porcentagem está significativamente acima das nações europeias, como Espanha (2,85%), Alemanha (1,72%) e Luxemburgo (0,35%). Também é superior à de economias emergentes, como Chile (2,65%) e Costa Rica (2,76%). A análise considerou as tarifas residenciais de 2022, com base nos dados da Agência Internacional de Energia, e o PIB per capita calculado pelo FMI para o mesmo ano.
Victor Hugo Occa, diretor de Energia da Abrace, destacou a necessidade de reavaliar os custos no setor elétrico brasileiro. De acordo com ele, o levantamento “demonstra que precisamos rediscutir os custos no setor elétrico brasileiro, porque ele está distorcido para os consumidores locais em comparação aos de outros países quando consideramos a renda”, disse em entrevista à Folha de São Paulo publicada na segunda (9).
O brasileiro pagou, em média, US$ 34 (R$ 176,50) por 200 kWh no ano passado, um valor próximo ao desembolsado pelo polonês, que foi de US$ 34,39 (R$ 178,50). No entanto, a renda per capita no Brasil estava em torno de US$ 9 mil (R$ 46,7 mil), enquanto na Polônia era o dobro, US$ 18 mil (R$ 93,4 mil), resultando em uma parcela menor da renda comprometida, 2,26%.
O estudo também destacou que a Turquia, com um PIB per capita próximo ao do Brasil (cerca de US$ 10 mil ou R$ 51,9 mil), teve um custo de energia quase pela metade do brasileiro, US$ 17,90 (R$ 93), representando 2% da renda.
Pesquisas anteriores já evidenciaram a dificuldade dos brasileiros em lidar com os gastos adicionais na conta de energia. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha para a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) revelou que 72% dos brasileiros abriram mão de comprar itens básicos para pagar a conta de luz, e 40% admitiram ter deixado de pagar a conta em algum momento no ano anterior.
Os principais componentes da cobrança da conta de luz incluem o custo de energia (32,48%), transmissão e distribuição (27,38%), tributos (17,00%), encargos (15,92%), perdas técnicas (3,61%), furto de energia (1,98%) e iluminação pública (1,54%). Já os subsídios pesam no bolso dos brasileiros em R$ 33,42 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético; R$ 12,6 bilhões para a Conta de Reserva, que o consumidor paga para garantir a segurança do sistema; R$ 6,8 bilhões para cobrir perdas não técnicas, como furtos de energia do sistema, R$ 5,34 bilhões para a iluminação pública das cidades, entre outros. (Fonte: Terra Brasil Notícias)
Soraya Thronicke compara Hamas a idosas que “oram com Bíblia na mão”
A senadora e ex-presidenciável Soraya Thronicke (Pode-MS) comparou, na noite de domingo (8), o grupo terrorista Hamas com “senhorinhas fundamentalistas orando com a Bíblia nas mãos”. A comparação foi feita em um comentário na rede social logo após a senadora ter condenado a ação do Hamas, responsável por sequestros, estupros, torturas e centenas de assassinatos durante a ofensiva contra Israel no último fim de semana.
Ao se posicionar contra os ataques na rede social X, a senadora disse que “não há como abrir espaço para ouvir qualquer defesa de uma ‘possível legitimidade’ nos ataques a Israel quando se ataca civis, especialmente crianças, mulheres e idosos”. Thronicke também afirmou que o Hamas “é uma organização terrorista que se esconde por detrás de uma reivindicação para disfarçar pretensa legitimidade”.
Após a publicação, um perfil comentou: “Enfim descobriu o que é terrorismo, que é muito diferente do nosso 08 de Janeiro. Espero que aprenda a lição”.
Ao responder a crítica, a senadora sugeriu que as idosas vistas rezando durante as manifestações antiLula que culminaram no 8/1 representariam um potencial de radicalismo que poderia resultar em ações terroristas semelhantes aos atos do Hamas.
“Estás falando das senhorinhas fundamentalistas orando com a Bíblia nas mãos? Qualquer semelhança não é mera coincidência. É assim que tudo começa! Tente enganar outros, aqui você não tem futuro”, disse Thronicke em resposta ao perfil. (Fonte: Terra Brasil Notícias)
(Foto de capa: Observatório do Legislativo Brasileiro)