Política

A Semana em Brasília e no ES — A força do agronegócio: Centro-Oeste caminha para ter a menor desigualdade do Brasil

Por Marcos Rocha

Desde o início da divulgação dos dados trimestrais de crescimento do PIB pelo IBGE em 1986, o setor do agronegócio tem consistentemente apresentado um desempenho superior ao restante da economia brasileira. Esse investimento contínuo ao longo dos anos não apenas impulsionou o progresso do próprio agro, mas também contribuiu para a redução da desigualdade social.
Superando a região Sudeste no indicador de todas as rendas do trabalhador e mantendo essa posição nos últimos cinco anos, o Centro-Oeste, a terra do agro, agora está rumando para liderar o índice nacional, potencialmente vindo a ultrapassar a região Sul.
Inicialmente, o impacto do agronegócio se manifestou na geração de riqueza em estados com participação anteriormente limitada no PIB. Conforme projeções da consultoria MB Associados para 2023 e 2024, o Mato Grosso está previsto para alcançar um crescimento impressionante de 782% desde 1986, quando o IBGE começou a disponibilizar dados estaduais do PIB. Outro polo significativo do agronegócio, Mato Grosso do Sul, também figura entre os cinco estados com maior crescimento, registrando um aumento de 307% no mesmo período.

Esse movimento resultou na diminuição da participação do Sudeste na geração de riqueza do País, caindo de 56,1% em 2010 para 51,9% em 2020, enquanto a do Centro-Oeste subiu de 9,1% para 10,4% no mesmo intervalo. Conforme economistas, a criação de riqueza tende a beneficiar amplamente toda a economia, melhorando índices sociais, expectativa de vida, saúde e educação. Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, destaca que os indicadores sociais no Centro-Oeste estão se aproximando rapidamente da região Sul, historicamente desenvolvida e industrializada.

Em 2022, o Sul liderava o índice de Gini (medida de desigualdade econômica) avaliado por todas as rendas do trabalhador, com um índice de 0,43, indicando menor desigualdade social quanto mais próximo de zero. O Centro-Oeste registrava 0,473 no mesmo indicador, enquanto o Sudeste apresentava 0,479. O Nordeste, por sua vez, tinha a pior classificação, com um índice de 0,501. Embora os estados individualmente no Centro-Oeste tenham índices próximos aos do Sul, a presença do Distrito Federal, onde os salários do funcionalismo público impactam a desigualdade, distorce essa comparação. (Fonte: Conexão Política)


Senador Magno Malta lamenta morte de preso no 8/1 e critica STF

(Foto: Reprodução YouTube)

O senador Magno Malta (PL) lamentou, em um vídeo publicado em suas redes sociais nesta segunda (20), a morte de Cleriston Pereira da Cunha, empresário preso em Brasília pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Magno ainda criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que o “sangue” de Cleriston está “na mão da esquerda”.

“Meu coração está dilacerado. Recebi a notícia da morte de Cleriston Pereira da Cunha, patriota que estava preso “preventivamente” desde janeiro, devido aos atos do dia 8 de janeiro. Cleriston tinha 46 anos e teve um mal súbito durante seu banho de sol nesta segunda-feira (20). É de uma tristeza tão grande, mas tão grande, ver assassinos, traficantes e até mesmo pedófilos sendo soltos todos os dias e patriotas estarem trancafiados com diversas violações de direitos humanos até chegar a esse ponto. Que Deus o receba de braços abertos e vamos atrás de investigar as condições desse fato terrível”, disse o senador em suas redes sociais.


Lula está em choque com a vitória de Javier Milei

(Foto: EFE)

Por Raul Holderf Nascimento
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até expressou bons votos ao novo governo argentino, mas fez questão de não mencionar diretamente o presidente eleito pela coalizão La Libertad Avanza, Javier Milei. Lula, além disso, não deve realizar uma ligação telefônica para cumprimentar Milei por sua eventual vitória, conforme relatos de assessores presidenciais. O eixo lulopetista busca evitar uma aproximação imediata com o novo presidente, considerando as declarações anteriores de Milei, que o classificou como “comunista” e “corrupto”.

“Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, declarou Lula em sua conta no Twitter.

Além disso, Milei já afirmou que não planeja se reunir com o representante brasileiro durante seu mandato e defendeu a saída da Argentina do Mercosul em entrevistas. Também como resposta, Lula não deve nem mesmo ir à posse do rival, segundo tem sido ventilado em Brasília. O esquerdista está em choque com a vitória do libertário, ainda sem acreditar que o seu braço forte no país vizinho foi derrotado, ainda mais com ampla margem de diferença.

No Palácio do Planalto, a orientação é evitar ações que possam desestabilizar o novo governo argentino, ao mesmo tempo em que não se busca uma abordagem proativa para construir pontes antes de compreender o tipo de relação que o presidente eleito deseja ter com o Brasil. (Fonte: Conexão Política)


Lula ignora morte de preso doente que tinha parecer de soltura e condecora Moraes

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Por Diógenes Freire Feitosa
Apesar da repercussão da morte súbita do empresário Cleriston Pereira da Cunha, ocorrida nesta segunda-feira (20) durante banho de sol na Papuda, onde estava preso há dez meses por suposto envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro, Lula e os ministros da Justiça, Flávio Dino, e dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, não se pronunciaram publicamente sobre o caso.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi outro que optou pelo silêncio. Apesar do silêncio sobre o caso, o ministro apareceu, nesta terça-feira (21), no Instituto Rio Branco ao lado de outros homenageados — como colegas ministros da Suprema Corte e o ministro Silvio Almeida — para receber, das mãos de Lula, a Medalha do Mérito de Rio Branco, honraria destinada a “serviços meritórios e virtudes cívicas”.

A Gazeta do Povo questionou os ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos sobre eventuais medidas a serem adotadas em relação à morte do empresário, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O jornal permanece aberto para quaisquer manifestações das pastas sobre a morte de Cleriston Pereira.

Muito ativo nas redes sociais desde a segunda-feira (20) com as comemorações do Dia da Consciência Negra; com a live presidencial com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira (21); e com a condecoração de aliados com o mais alto grau da Ordem do Rio Branco, Lula (PT) também evitou qualquer citação à morte de Cleriston. (Fonte: Gazeta do Povo)


Randolfe quer ampliar os gastos do governo em 2024

(Foto: Estadão Conteúdo)

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), protocolou uma emenda junto ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) que propõe a obrigatoriedade de elevação em pelo menos 0,6% da despesa primária para 2024. Se acatada pelo relator, a emenda vai tornar oficial o entendimento do Ministério da Fazenda de que o marco fiscal permite o crescimento mínimo de 0,6% dos gastos acima da inflação.

Segundo Randolfe, a LDO precisa ser adaptada ao novo marco fiscal, que substituiu o teto de gastos públicos e foi aprovada pelo Congresso após o envio da LDO. “Um dos principais objetivos do regime fiscal sustentável, como se sabe, foi o de atenuar os ciclos econômicos por meio da criação de um mecanismo anticíclico de crescimento real das despesas primárias. Note-se inclusive que tal aspecto de se buscar estabilidade e proteção contra variações econômicas foi objeto dos debates no Congresso Nacional”, justificou o líder do governo.

A emenda dá condições ao governo federal para impedir um contingenciamento maior do que R$ 23 bilhões em 2024, de acordo com cálculos do Ministério da Fazenda. No quadro atual, seria necessário cortar R$ 53,7 bilhões de gastos para conseguir cumprir a meta de resultado primário, que calcula as receitas menos as despesas, excluindo gastos com a dívida. (Fonte: O Antagonista)


Dino ignora Comissão de Segurança da Câmara pela terceira vez

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ignorou os membros da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara esperando pela terceira vez seguida. O presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS), disse que recebeu apenas na manhã desta terça-feira (21), fora do tempo devido, um ofício encaminhado pelo ministro à presidência da Câmara, na qual Dino “diz que tem medo dos parlamentares, que se sente ameaçado”, na descrição de Sanderson.

No ofício enviado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Dino disse que é alvo de ameaças proferidas pelos deputado, e, por isso, não comparece. O ministro voltou a sugerir uma comissão geral no Plenário.

Está clara a insubordinação de um funcionário público”, criticou Sanderson. “Nos últimos quatro anos, a população brasileira tinha tirado da sua frente o problema segurança pública”, comentou o deputado, para dizer que Dino tem questões explicar.

Há 23 requerimentos de convocação de Dino na comissão. Um deles requer “esclarecimentos por crime de Fake News relativo a sua fala, proferida em 28 de março, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que imputa aos CACs o comércio de armas à facções criminosas”. Há muitos pedidos baseados em declarações públicas do ministro, que tem um evidente apreço por participar do debate público, mesmo que o assunto não diga respeito a sua área de atuação no momento.

Os deputados também querem ouvir Dino sobre os atos de 8 de janeiro, regulamentação das armas, invasão de terras, interferência na Polícia Federal, corte de verba no Orçamento de 2024 para combate ao crime organizado, ataques aos membros da comissão, controle de conteúdos danosos no YouTube, prisões relativas a dados falsos sobre vacinas e criminalização dos games.

O tema principal de seu depoimento, contudo, provavelmente seria o passeio da “dama do tráfico amazonense” por Brasília. Mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas, Luciane Barbosa Farias se reuniu com subordinados de Dino para falar sobre direitos humanos enquanto representante Associação Instituto Liberdade do Amazonas. O Ministério dos Direitos Humanos admitiu que custeou a viagem de Luciane. (Fonte: O Antagonista)


Milei deixa Brasil de fora de agenda e anuncia visitas a Israel e aos EUA

(Foto: Reuters)

Sem incluir o Brasil nas primeiras agendas internacionais após a vitória contra Sergio Massa, Javier Milei anunciou que Estados Unidos e Israel serão os dois primeiros destinos antes de tomar posse como presidente da Argentina, no próximo dia 10 de dezembro. Milei já havia dito que caso se tornasse presidente não se encontraria com Luiz Inácio Lula da Silva.

“Minha primeira viagem será para os EUA”, disse Milei na segunda-feira (20) em entrevista à emissora “Radio Mitre”, na qual comentou que esta visita “tem uma conotação mais espiritual do que outras características”, já que viajará a Miami e Nova York para visitar amigos rabinos. O presidente eleito, que confirmou que viajará “nos próximos dias, antes de assumir o cargo”, seguirá de Nova York para Israel, uma viagem sobre a qual, segundo comentou, conversou com o embaixador israelense na Argentina.

Por tradição, a primeira viagem que um presidente argentino faz ao ser eleito é ao Brasil. No entanto, durante a campanha, Milei havia antecipado que em seu governo as relações exteriores se concentrariam nos EUA e em Israel e que não negociaria com países “comunistas”, entre os quais incluiu Brasil e China, os dois principais parceiros comerciais da Argentina.

Lula desejou no domingo “sorte” ao novo governo argentino, sem citar nominalmente o vencedor, e disse que o Brasil, principal parceiro comercial da Argentina, estará sempre disposto a trabalhar com seus “irmãos” do país vizinho.
Milei, que já havia dito que caso se tornasse presidente não se encontraria com Lula, convidou seu antecessor Jair Bolsonaro para comparecer pessoalmente à posse, durante uma videochamada na segunda-feira (20). (Fonte: Correio do Povo)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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