Política

O descrédito do clientelismo e assistencialismo governamental

Evento com Renato Casagrande não atraiu público em assinatura de ordem de serviço em Fundão. Na plateia, apenas alguns asseclas cooptados pelos governos estadual e municipal

Por que somente agora, às vésperas de ano eleitoral, o socialista Renato Casagrande, simpatizante do governo Lula, vem dando ordens de serviços? Não será fácil engabelar a população como foi feito na eleição presidencial, quando o candidato petista prometeu picanha e cervejinha.
Na linha hipócrita da política brasileira de prometer mundos e fundos e entregar migalhas, o governador capixaba deu mostras de que lê na mesma cartilha. Serão mais de R$ 50 milhões, uma espécie de engana bobos, somente para Fundão. Entretanto, se pensarmos da contrapartida do município, não conseguirão executar os projetos. Iniciar, talvez sim, mas concluir, quase impossível, já que as prefeituras se encontram quebradas, sem dinheiro em caixa.
No evento, que aconteceu no último sábado (09), a impopularidade do prefeito Gil e do governador Casagrande fica visível pela falta de público na plateia, composta, na sua maioria, por asseclas cooptados pelos governos estadual e municipal.

Para o vereador Aélcio Peixoto, a realidade é que a impopularidade do atual gestor passa pelas coisas simples que foram prometidas em campanha e até hoje não saíram das promessas.

Na minha opinião, o que fez a popularidade do prefeito estar em níveis bem abaixo da média foi a falta de conexão com a comunidade, em todos os sentidos. Estamos falando de um governo que teve diálogo e não atendeu, nesses três anos de governo, à vontade da população, em especial a mais carente. Promessas foram muitas como a implantação do ônibus de Praia Grande x Timbuí, o atendimento médico 24h, em Praia Grande, a implantação do ensino médio em Praia Grande, o atendimento ao produtor rural, entre outras”.

Aélcio acrescenta ainda que, a atual gestão, cortou serviços essenciais à população como a retirada do espaço cidadão do Bairro Direção e o atendimento médico nas comunidades do Mirante da Praia e de Direção.

Fez mudança na base de cálculo da insalubridade dos funcionários públicos entre outras ações contrárias aos interesses do povo. Isso tudo fez com que a rejeição só aumentasse. Por isso, mesmo com o governador prometendo entregar obras e serviços, a população não se fez presente. Como já disse, não existe conexão da gestão com a população”, frisa o vereador.

O Espírito Santo é uma das unidades da federação com as finanças mais equilibradas do País. Tivemos, no passado, o ex-governador e economista Paulo Hartung, que, além de sanear as finanças, manteve o equilíbrio e não podemos deixar de citar o ex-presidente Jair Bolsonaro que, no período de pandemia, transferiu para o estado milhões para cobrir gastos com a covid-19. Até hoje o capixaba não sabe pra onde foi ou em que essa verba foi investida. Uma vez que, no período de pandemia não tivemos grandes intervenções do governo estadual em área nenhuma.

Em síntese, um gestor não pode deixar seu município refém do Estado e da União. Os convênios são constitucionais, mas os deveres de casa devem ser feitos. Medidas de incentivos precisam ser tomadas como redução de pessoal e investimentos em áreas prioritárias como saúde, educação e segurança pública, além de focar na capacitação dos jovens e trabalhadores ativos com o objetivo de atrair empresas e gerar empregos e rendas.

Já está mais que provado que o modelo político de assistencialismo e clientelismo é maléfico para a sociedade. Pois um povo que se sujeita aos favores do Estado está fadado ao fracasso moral, social, econômico e ético. Uma vez que o Estado não produz riqueza, apenas suga quem produz e sufoca quem contribui para o desenvolvimento da nação.

Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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