A Semana no Brasil e no Mundo — Perito grafotécnico rebate cálculo de pesquisadores da USP sobre ato na Avenida Paulista
Professor Harnik Gebara reforçou a estimativa de 750 mil pessoas no ‘Ato Pela Democracia’, em São Paulo
Por Raul Holderf Nascimento
O perito grafotécnico e físico Carlos Alberto Harnik Gebara confrontou os números apontados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que colocaram em dúvida a estimativa do ‘Ato Pela Democracia’, ocorrido no último domingo (25), na Avenida Paulista.
Desde que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou os dados oficiais da manifestação, que reuniu 750 mil pessoas, pesquisadores da USP e de outras organizações questionaram os números, sugerindo que o ato não foi tão grande quanto inicialmente divulgado, mas reuniu um número bem inferior ao oficial, segundo eles.
Em reação, o professor Gebara veio a público para expressar sua desconfiança em relação às projeções da USP e decidiu confrontar os números para verificar se as estimativas oficiais correspondiam à realidade. Ele afirmou: “Depois dessa manifestação na Avenida Paulista, onde houve um conflito de cálculos sobre a quantidade de pessoas presentes, com a USP estimando apenas 185 mil pessoas, eu duvidei desses números e fiz alguns cálculos. Conversando com pesquisadores da nossa universidade em São Caetano do Sul, perguntei se concordavam com o meu cálculo, e ambos concordaram plenamente”.
Ao analisar os números, Carlos Alberto Harnik Gebara informou que é possível chegar ao número exato veiculado pela SSP, validando assim a estimativa de 750 mil pessoas na Avenida Paulista durante o ato pró-Bolsonaro. “Desta forma, ou a USP se tornou um lixo político ou precisa substituir seus pesquisadores”, concluiu Gebara. (Fonte: Conexão Política)
Capitão Assumção é preso em igreja por ordem de Moraes
O deputado estadual Capitão Assumção (PL-ES) foi preso pela Polícia Federal (PF) na noite de quarta-feira (28). A informação foi confirmada pela assessoria do partido. Assumção, capitão da reserva da PM e líder da greve dos PMs em 2017, foi levado à sede da PF em Vila Velha. A ordem de prisão foi emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base no descumprimento de uma medida cautelar.
Até o momento, a Polícia Federal não divulgou os detalhes que motivaram a prisão. Em uma declaração, o senador Magno Malta, presidente do PL no Espírito Santo, informou que Assumção foi detido enquanto estava em uma igreja. Nas redes sociais, Malta expressou críticas à prisão, afirmando:
É muito estranho que um deputado estadual, com foro privilegiado e residência fixa, seja preso. Isso viola nosso estado democrático”, conforme registrado em um vídeo.
O deputado já havia sido alvo de uma operação autorizada pelo STF em dezembro, em relação à sua participação em atos considerados antidemocráticos após as eleições de 2022. Novas informações sobre a prisão devem ser divulgadas conforme o desenrolar das investigações. (Fonte: Gazeta Brasil)
Haddad defende tributação global sobre a riqueza no G20
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (28) a tributação progressiva como tema central para a construção de um mundo mais justo e propôs uma tributação mínima global sobre a riqueza como “terceiro pilar” para a cooperação tributária internacional.
Em sua participação virtual no painel “O papel político-econômico na abordagem das desigualdades: experiências nacionais e cooperação internacional”, do G20, Haddad destacou que a pobreza e a desigualdade precisam ser enfrentadas como desafios globais.
“Não podemos negar que a pobreza e a desigualdade são desafios que transcendem as fronteiras nacionais. Em um mundo cada vez mais interconectado, precisamos enfrentar esses problemas de forma global, sob o risco de ampliar crises humanitárias e migratórias”, afirmou Haddad.
O ministro também ressaltou que a crise da globalização não possui vencedores, destacando a necessidade de cooperação entre países ricos e pobres para enfrentar os desafios econômicos e sociais emergentes. Ele alertou que soluções exclusivamente nacionais não são suficientes diante da crescente mobilidade do trabalho e do capital.
“Embora, como disse, os países mais pobres paguem um preço proporcionalmente mais alto, seria uma ilusão pensar que países ricos podem dar as costas para o mundo e focar apenas em soluções nacionais. Em um mundo no qual trabalho e capital são cada vez mais móveis, pobreza e desigualdade precisam ser enfrentadas como desafios globais, sob a pena da ampliação das crises humanitárias e imigratórias”, defendeu Haddad.
A participação de Haddad na reunião do G20 foi virtual devido ao diagnóstico positivo para covid-19. Apesar do contratempo, o ministro está em boas condições de saúde e continuará participando das atividades do G20 de forma remota, aguardando novos testes para uma possível liberação presencial nas próximas etapas da agenda em São Paulo. (Fonte: Gazeta Brasil)
Javier Milei associa Lula a Hamas
Libertário associou Lula ao grupo terrorista Hamas e enalteceu força política de Bolsonaro após ato na Avenida Paulista
Por Raul Holderf Nascimento
O presidente da Argentina, Javier Milei, desencadeou uma série de postagens nas redes sociais relacionadas ao Brasil, provocando reações políticas em Brasília, especialmente do núcleo petista no Palácio do Planalto.
O argentino sugeriu uma conexão entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o grupo terrorista Hamas. Uma das mensagens compartilhadas por Milei declarava: “Lula es pro Hamas. Bolsonaro es pro Israel. Fin” [Lula é pró Hamas. Bolsonaro é pró Israel. Fim].
No ano passado, antes de sua vitória nas eleições, Milei afirmou que, se eleito, não manteria relações com o Brasil ou países liderados por ‘comunistas’, e que não se reuniria com Lula após assumir a Casa Rosada. Além disso, ele também indicou uma possível distância em relação à China, outro parceiro comercial importante da Argentina.
As postagens de Milei sobre o Brasil não se limitaram apenas a críticas a Lula, mas também incluíram expressivo apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O político libertário compartilhou material que descrevia o Ato Pela Democracia, que reuniu 750 mil pessoas na Avenida Paulista, como uma demonstração de apoio popular a Bolsonaro e uma resistência ao “autoritarismo de Lula e à perseguição à oposição”.
Outra publicação destacou o discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista como ‘histórico’ e em defesa da liberdade. Milei também enfatizou que aquele domingo estava definindo “o rumo da política no Brasil e a resistência contra a ditadura de Lula da Silva”.
Em uma última mensagem, Milei descreveu o evento como um “protesto massivo antiLula”, acompanhado de um vídeo em que Bolsonaro brandia uma bandeira de Israel, em referência à polêmica causada pela comparação de Lula entre a ação de Israel na Faixa de Gaza e as atrocidades cometidas por Adolf Hitler contra os judeus. (Fonte: Conexão Política)
Federação Israelita registra aumento de 263% de denúncias de antissemitismo após fala de Lula
De janeiro a fevereiro deste ano Fisesp registrou 602 ataques antissemitas
Por Raul Holderf Nascimento
A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) veiculou um levantamento indicando que denúncias de casos de antissemitismo cresceram 263% desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou os ataques de Israel ao Hamas à tragédia do Holocausto.
Na semana anterior ao discurso de Lula, que ocorreu no último dia 18 deste mês, na Etiópia, o Departamento de Segurança Comunitária da Federação Israelita havia recebido cerca de 46 denúncias referentes às instituições de ensino. Após o pronunciamento do esquerdista, os números dispararam e foram protocoladas 165 novas denúncias, conforme a entidade.
Os dados da federação mostram que os ataques acontecem, majoritariamente, no ambiente virtual por meio de mensagens em grupos de WhatsApp e em redes sociais. Também há queixas de judeus que foram vítimas de agressões verbais em ambientes escolares e universitários.
Na avaliação do presidente da Fisesp, Marcos Knobel, a afirmação de Lula potencializou uma onda antissemita.
A afirmação feita pelo presidente fez uma perversa distorção da realidade, pois estamos vivendo uma onda de ataques antissemitas desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, e isso ganhou ainda mais força após a declaração”, relatou Knobel. “Os judeus no Brasil estão sendo atacados em qualquer lugar. Inclusive, quatro dessas denúncias são extremamente preocupantes, pois são de jovens em idade escolar que sofreram ataques dentro das instituições de ensino onde estudam, o que coloca a sua segurança em jogo”, emendou.
De janeiro a fevereiro de 2024, a Fisesp diz ter catalogado 602 casos de antissemitismo, chegando a quase um terço do total de denúncias do ano passado. (Fonte: Conexão Política)
Alvos da PF por desvio milionário são ligados a vice-presidente do PT
Pelo menos três alvos da Operação Salus da Polícia Federal, que investigou desvios na Saúde de Maricá, foram indicados aos seus cargos pelo vice-presidente do PT Washington Quaquá. O município é governado há 15 anos pelo PT, oito deles por Quaquá e sete por seu sucessor, o atual prefeito, Fabiano Horta.
Entre os alvos de busca e apreensão e afastamento das funções públicas, estão a secretária municipal de Saúde, Solange Regina de Oliveira, Simone da Costa Massa, diretora do Hospital Che Guevara, e Marcelo Costa Velho Mendes de Azevedo, membro e presidente da Comissão de Avaliação de Desempenho (CAD) do município. Os três, segundo fontes envolvidas na investigação informaram à coluna, foram indicadas por Quaquá.
Além de Quaquá ter emplacado seu sucessor, Fabiano Horta, na prefeitura de Maricá, seu filho, Diego Zeidan, era vice-prefeito de Fabiano Horta. Filho de Quaquá com a deputada estadual petista Zeidan, Diego Zeidan se licenciou da prefeitura de Maricá para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário do Rio.
O vice-presidente do PT, que também é vice-líder do partido na Câmara dos Deputados, será candidato novamente em Maricá. Quaquá quer seu terceiro mandato no município. A investigação da Polícia Federal aponta para um prejuízo estimado em mais de R$ 70 milhões em recursos públicos destinados à saúde.
A investigação foi iniciada a partir do relatório de auditoria de conformidade do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ), realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Maricá, no período entre agosto e dezembro de 2022. O documento trouxe indícios de crimes na execução de um contrato de gestão que foi vigente entre os meses de fevereiro de 2020 a 2024 com o Instituto Gnosis, uma organização social de saúde (OSS).
Em nota à coluna, a Prefeitura de Maricá negou os desvios e afirmou que todos os esclarecimentos pedidos pela Justiça serão prestados, assim como o cumprimento de todas as determinações judiciais, como os afastamentos. (Fonte: Terra Brasil Notícias)