Meio ambiente

Estudo leva à descoberta de cinco novas espécies de víboras “de cílios”

Cobras possuem estrutura em cima dos olhos cuja função ainda não é conhecida pela ciência

Cinco novas espécies de “víboras de cílios” foram descobertas escondidas nas profundezas das florestas nubladas da Colômbia e do Equador. Anteriormente, pensava-se que estas cobras de cores vivas faziam parte de uma única espécie, mas um novo artigo publicado na revista Evolutionary Systematics revelou que, na verdade, elas se dividem em ao menos cinco grupos.
A pesquisa sobre estes animais começou depois que um cientista foi mordido por uma destas víboras, em 2013, mas só agora gerou resultados. Os cientistas observam que estas descobertas destacam a importância de proteger as florestas onde estas cobras e milhões de outros seres chamam de lar.

As cinco novas espécies foram denominadas víbora de cílios de Rahim (Bothriechis rahimi), víbora de cílios de Hussain (B. hussaini), víbora de cílios do Xá (B. rasikusumorum), víbora de cílios de Klebba (B. klebbai) e víbora de cílios de Khwarg (B. khwargi), em homenagem a defensores da conservação e proteção da biodiversidade.

Essas novas espécies são todas do tipo víboras de cílios, nomeadas por sua característica “crista de escamas” logo acima dos olhos. Algumas populações têm “cílios” mais longos do que outras, mas a função desta característica, embora intimidante, ainda permanece um mistério para os cientistas.

As víboras ciliadas têm outra característica única: são policromáticas, ou seja, membros da mesma espécie podem ter cores muito diferentes entre si, conhecidas como morfos. O mesmo habitat pode abrigar várias cores diferentes da mesma espécie, como uma forma turquesa, uma forma musgo, uma forma dourada e uma roxa, por exemplo. Esta variação na cor pode ter evoluído para permitir que as víboras se escondessem entre uma maior variedade de plantas, afirmam os pesquisadores.

Essas cobras são venenosas, mas não são consideradas tão mortais quanto outras espécies de víboras. “Entre as 10 espécies de víboras de cílios, a que tem a mordida mais letal e hemorrágica é a víbora-cílios centro-americana (Bothriechis nigroadspersus)”, disse à Newsweek o coautor Alejandro Arteaga, pesquisador de répteis e presidente da Fundação Khamai, uma ONG equatoriana de biodiversidade.

Em humanos, causa intensa dor localizada, edema hemorrágico progressivo e, em alguns casos, bolhas ou urticária hemorrágica, equimoses e necrose. No entanto, um trabalhador de uma plantação de café morreu após ser mordido na língua pela víbora de cílios das Terras Altas (Bothriechis schlegelii)”.

Fonte: Um Só Planeta

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