Política

A Semana no Brasil e no Mundo — Estadão: Retorno de Lula causou “revisionismo sem-vergonha”


Jornal criticou os esforços para desmoralizar a luta contra a corrupção

“Revisionismo sem-vergonha”. É dessa forma que o jornal O Estado de S.Paulo enxerga as investidas de políticos, juízes e empresários alvos da Lava Jato para “desmoralizar a luta contra a roubalheira”. Em editorial publicado na segunda-feira (25), o veículo de imprensa avaliou que o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência “deu ânimo” aos interessados em “distorcer os fatos” e limpar seus nomes.

A volta de Lula da Silva à Presidência certamente deu ânimo adicional aos petistas para distorcer os fatos. Afinal, o chefão petista, aquele que alhures disse que “o mensalão nunca existiu”, vive a alardear que a Lava Jato não passou de uma “conspiração” dos EUA para, por meio do então juiz federal Sérgio Moro, tido por Lula como “capanga” dos norte-americanos, “destruir a indústria de óleo e gás deste País”. Nada menos”, apontou o jornal.

O Estadão considera que o programa Especial 10 Anos da Lava Jato transmitido pela TV Brasil é um “documento histórico”; não por retratar a maior ação de combate à corrupção no Brasil com imparcialidade, mas por mostrar a ansiedade do PT “por reescrever a história do período em que as entranhas corruptas do lulopetismo ficaram expostas para todo o País”.

Com uma hora e meia de duração, o tal programa da TV Brasil dedicou somente um minuto e 53 segundos à corrupção na Petrobras, e apenas para tratá-la como “pontual”, segundo um sindicalista entrevistado. O resto do tempo foi usado para desancar a Lava Jato. (…) Esse é o padrão do PT. Nem Lula, nem os petistas jamais admitiram a corrupção desvendada pela Lava Jato, malgrado as provas irrefutáveis dos desvios de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos entre as maiores empreiteiras do País e a Petrobras. Convenientemente, os erros e abusos cometidos pela força-tarefa da Lava Jato foram usados pelos detratores da operação para desqualificá-la como um todo, como se crimes confessos jamais tivessem sido praticados”, acrescentou o periódico.

Para o editorial, o discurso revisionista “contaminou até a atuação do Supremo” Tribunal Federal (STF), que “outrora chancelou não uma, mas quase todas as ações da Lava Jato que ora pretende desmoralizar, como se os erros cometidos por alguns membros da força-tarefa tivessem o condão de contaminar a operação em todas as suas dimensões, sobretudo sua dimensão fática”.

O texto faz questão de lembrar ainda que milhões de reais desviados foram devolvidos ao Tesouro e à Petrobras, e que é “preciso recolocar as coisas nos seus devidos lugares”. “Quem quiser acreditar na fábula lulopetista de que o PT e seu chefão foram perseguidos por um poderoso consórcio golpista que envolveu até o FBI, que acredite, pois questões de fé não se discutem. Já quem preza a verdade factual, sem a qual não há democracia, certamente espera que a Lava Jato encontre seu melhor lugar na história”, conclui o jornal. (Fonte: Pleno.News)


Alexandre de Moraes negou busca e apreensão no gabinete de Brazão após orientação da PGR

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da Polícia Federal para realizar busca e apreensão no gabinete do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) na Câmara dos Deputados. A decisão do ministro sustentou-se no parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou a ausência de uma ‘demonstração razoável’ de que o parlamentar estaria guardando provas relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes em seu gabinete.

Conforme relatado pela Folha de S.Paulo, na decisão, o ministro destacou a ausência de uma “demonstração razoável” de que o parlamentar estaria guardando provas relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes em seu gabinete. O pedido de busca na Câmara foi recebido com preocupação pela PGR, que apontou o risco de ‘atritos interinstitucionais’.

Alvos de prisão
Em operação que atingiu os supostos mandantes do assassinato, a Polícia Federal prendeu o próprio Chiquinho Brazão, além do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, bem como a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio de Janeiro.
Como noticiou o Conexão Política, Chiquinho Brazão teve sua trajetória política entrelaçada com o governo do prefeito Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, até janeiro deste ano. Paes, aliado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capital fluminense, viu Brazão ocupar o cargo de secretário da Secretaria de Ação Comunitária de outubro de 2022 a janeiro deste ano, como parte de um acordo político articulado para a gestão municipal.

A escolha de Brazão para a pasta foi atribuída ao partido Republicanos pela prefeitura do Rio, que reconheceu, em nota neste domingo (24), que sua nomeação foi uma decisão da legenda. Posteriormente, o Republicanos o substituiu diante das especulações sobre seu envolvimento no caso Marielle. No entanto, Brazão era filiado ao União Brasil, que o expulsou horas depois da prisão.

Seu envolvimento no caso Marielle veio à tona por meio da delação de Ronnie Lessa, autor dos disparos que tiraram a vida da ex-vereadora. Desde o início das investigações, a família Brazão já era mencionada como suspeita, especialmente Domingos Brazão, cuja posse de Chiquinho Brazão como secretário de Ação Comunitária ocorreu em 30 de outubro de 2023.

A entrada no secretariado de Paes foi interpretada como parte de uma estratégia política voltada para a reeleição do prefeito, com a aliança com o Republicanos, que apoiava o governo federal na época, e assim sendo considerada uma investida crucial para a nomeação. (Fonte: Conexão Política)


Jornalista do New York Times diz que não há provas de que Bolsonaro foi pedir asilo para evitar prisão

(Foto: Reprodução/YouTube CNN Brasil)

A jornalista Raquel Landim, da CNN Brasil, foi contraposta pelo colega Jack Nicas, jornalista do New York Times. Ao questionar se ‘fazia sentido’ a hipótese do ex-presidente Jair Bolsonaro ter ido à Embaixada da Hungria no Brasil para pedir asilo, na hipótese de uma prisão, o jornalista do NYT foi enfático: “O que eu tenho a dizer é que eu não tenho provas disso”.

Na ocasião, a comunicadora referenciava uma reportagem do veículo americano que publicou imagens de câmeras de segurança da Embaixada, onde aparece Bolsonaro, quatro dias depois de ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro, e lá permaneceu por dois dias.

Nas imagens das câmeras, Bolsonaro aparece acompanhado de dois seguranças, do embaixador húngaro e de outros membros da equipe do ex-presidente. Ao ser confrontada ao vivo, ela respondeu à negativa: “Certo. Não há provas disso”, disse Landim, alegando que o comentário feito seria, segundo ela, apenas um “raciocínio político, de análise”.

O posicionamento da comunicadora, no entanto, foi interpretado por parte do público como uma sugestão de crime. Internautas rebateram a abordagem, dizendo que ela estava tentando criar uma narrativa contra o ex-presidente da República. (Fonte: Conexão Política)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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