Paleo & Arqueologia

Quais dinossauros existiram onde hoje é o Brasil?

O Brasil foi habitado por uma diversidade de dinossauros durante o período Mesozóico, especialmente durante os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo

Por Marcelo Valladão

Quando pensamos quais os tipos de dinossauros que existiram onde hoje é o Brasil e suas características, sem dúvida, temos que recorrer à ciência para tentar reconstruir essa história de milhões de anos, em que apenas os fósseis e os recursos dos quais dispomos hoje podem jogar um pouco de luz para essa questão.
O Brasil foi habitado por uma diversidade de dinossauros durante o período Mesozoico, especialmente durante os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. Os fósseis encontrados em várias regiões do país ajudam a entender a presença e a diversidade desses animais, além de serem um material de estudo excepcionalmente interessante.

Aqui estão alguns dos dinossauros mais conhecidos que viveram onde hoje é o Brasil:

1 – Staurikosaurus

(Imagem: Wikipedia)

• Período: Triássico Superior, cerca de 233 milhões de anos atrás.
• Localização: Rio Grande do Sul.
• Descrição: Um dos primeiros dinossauros conhecidos, Staurikosaurus era um pequeno dinossauro carnívoro, medindo cerca de dois metros de comprimento. Ele era bípede, com longas pernas que sugerem que era um corredor ágil. Seu nome significa “lagarto do Cruzeiro do Sul”, referenciando a constelação que é visível somente do Hemisfério Sul.

2 – Irritator

(Imagem: Wikipedia)

• Período: Cretáceo Inferior, aproximadamente 110 milhões de anos atrás.
• Localização: Bacia do Araripe, Ceará.
• Descrição: Irritator é um espinossaurídeo caracterizado por um crânio alongado e dentes cônicos, adaptados para uma dieta piscívora. O fóssil foi nomeado “Irritator” devido à frustração dos paleontólogos com os danos causados pelos caçadores de fósseis, que modificaram o crânio. Este dinossauro media cerca de oito metros de comprimento, tendo um longo focinho e patas frontais incrivelmente desenvolvidas.

3 – Santanaraptor

(Imagem: Wikipedia)

• Período: Cretáceo Inferior, cerca de 110 milhões de anos atrás.
• Localização: Ceará.
• Descrição: Este pequeno terópode, medindo até 2,5 metros de comprimento, foi um celurossauro carnívoro muito leve e ágil, tinha longos braços, patas com três dedos, e finos membros superiores. É conhecido por ser um dos poucos dinossauros brasileiros com preservação de tecidos moles, tendo destaque para sua epiderme por ser extremamente fina, cerca de 0,04mm.

4 – Pycnonemosaurus

(Imagem: Wikipedia)

• Período: Cretáceo Superior, cerca de 70 milhões de anos atrás.
• Localização: Mato Grosso.
• Descrição: Um grande terópode carnívoro abelisauridae, Pycnonemosaurus é um dos maiores carnívoros já encontrados no Brasil, com estimativas de comprimento entre 8 e 10 metros. Tinha membros anteriores reduzidos e um crânio robusto, reduzido e alto, o que favorecia uma mordida poderosa e uma aparência ameaçadora, outra artimanha na hora da caça usada por este gigante era caçar em bando, para compensar seu tamanho.

5 – Austroposeidon

(Imagem: Reprodução Olhar Digital)

• Período: Cretáceo Superior, cerca de 70 milhões de anos atrás.
• Localização: Presidente Prudente, São Paulo.
• Descrição: Este titanossauro foi um dos maiores dinossauros encontrados no Brasil, possivelmente chegando a 25 metros de comprimento. Austroposeidon tinha um pescoço longo e uma cauda robusta, típicos de saurópodes.

6 – Tapuiasaurus

(Imagem: Wikipedia)

• Período: Cretáceo Inferior, aproximadamente 120 milhões de anos atrás.
• Localização: Minas Gerais.
• Descrição: Este titanossaurídeo é conhecido por um crânio bem preservado, o que é raro entre os saurópodes. Tapuiasaurus media cerca de 12 metros de comprimento e é importante para entender a evolução dos titanossaurídeos, pelo que se sabe possuía uma dieta herbívora.

7 – Uberabatitan

(Imagem: Wikipedia)

• Período: Cretáceo Superior, aproximadamente 70 milhões de anos atrás.
• Localização: Minas Gerais.
• Descrição: Outro grande titanossauro, Uberabatitan, é conhecido pela ausência de seu crânio nos fósseis, impossibilitando uma reconstrução facial. Ele pode ter chegado a 15 metros de comprimento e entre 15 e 18 toneladas.

Fonte: Olhar Digital

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