Economia

Brasil cai para as últimas posições em ranking mundial de competitividade 

O Brasil só não caiu em mais posições no ranking por conta da inclusão de Nigéria e Gana, dois países menos competitivos

Por Diógenes Freire Feitosa

Após cair mais duas posições, o Brasil passou a ocupar a 62ª colocação no Ranking Mundial de Competitividade do Institute for Management Development (IMD). O ranking é formado por 67 países. Com a nova queda, o Brasil ficou à frente apenas do Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela. Esta é a quarta queda consecutiva do Brasil no ranking desde 2020, quando ocupava a 57ª posição. O índice considera performance econômica, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura.
Do ano passado para cá, o Brasil foi ultrapassado pela África do Sul e Mongólia. Além disso, o Brasil só não caiu em mais posições por conta da inclusão de Nigéria e Gana, dois países menos competitivos. O ranking é liderado por Cingapura, que subiu três posições desbancando Suíça (2º lugar), Dinamarca (3º lugar) e Irlanda (4º lugar).

Segundo análise do ranking, apesar de apresentarem economias pequenas, todos esses países alcançam bons resultados por conta de uma boa estrutura institucional, por manterem bons parceiros comerciais e por utilizarem bem os acessos a mercados.

Para se ter uma ideia, Estados Unidos e China — as duas maiores economias do mundo — ocupam, respectivamente, a 12ª e a 14ª posições no ranking, enquanto os primeiros 10 países são pequenas economias da Ásia e Europa. De acordo com o diretor do núcleo de inovação e tecnologias digitais da Fundação Dom Cabral e líder da pesquisa no Brasil, o professor Hugo Tadeu, a queda do Brasil no ranking reflete a incompetência do País.

Estamos caindo (no ranking) porque estamos asfixiando a cadeia produtiva brasileira, o custo de capital está cada vez maior e tem muito Brasília e pouco Brasil. Também não estamos focando em ciência, tecnologia, inovação e formação de mão de obra. Estamos deixando de lado essa agenda”, afirmou o professor.

Fonte: Gazeta do Povo

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