Política

A Semana no Brasil e no Mundo — CPI do Arrozão congela em 160 assinaturas após ameaças de retaliação do governo Lula, diz site

O pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Arrozão, que visa investigar denúncias de fraude no leilão de arroz proposto pelo governo Lula, estacionou em 160 assinaturas na Câmara dos Deputados. O governo ameaçou não pagar as emendas parlamentares de deputados que apoiassem a investigação, o que resultou na estagnação do número de assinaturas. A informação é do site Diário do Poder.
O leilão suspeito levou até à demissão de um secretário do Ministério da Agricultura. O deputado do União Brasil, partido que possui três ministérios no governo, admitiu que assinar o pedido de CPI poderia interferir nas emendas parlamentares.

Há duas semanas, o pedido contava com 150 assinaturas. Para a criação da CPI, são necessárias 171 assinaturas, representando um terço do total de deputados federais. Esta semana, o governo decidiu liberar R$ 30 bilhões em emendas parlamentares antes das eleições, o que representa 60% do valor total previsto para 2024. A liberação dessas verbas é vista como uma tentativa de garantir apoio parlamentar e evitar a abertura da CPI do Arrozão. (Fonte: Hora Brasília)


Dois navios da Marinha da Rússia chegam à Venezuela

(Foto: Ministério da Defesa Russo/Reuters)

Dois navios da Marinha da Rússia chegaram, na terça-feira (02), ao porto de La Guaira, na Venezuela, onde permanecerão “por alguns dias”, segundo informou a Frota do Norte russa. Trata-se da fragata “Admiral Gorshkov” e do petroleiro “Academic Pashin”, afirma um comunicado citado pela agência de notícias russa “TASS”.

Ambos os navios permanecerão na Venezuela “por alguns dias” e depois continuarão a cumprir as suas tarefas no Oceano Atlântico, segundo a fonte. No mês passado, um grupo de navios da Marinha russa chegou ao porto de Havana, em Cuba, para uma visita oficial. (Fonte: Epoch Times Brasil)


Lula cancela viagens a estados onde foi derrotado por Bolsonaro nas eleições de 2022

(Foto: Getty Images)

Durante uma recente série de visitas pelo país, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu cancelar três viagens planejadas a estados onde foi derrotado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022: Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina, conforme reportagem do site G1. Assessores de Lula consultados pelo portal justificaram que as visitas foram descartadas devido ao receio de “possíveis hostilidades” contra o petista.

Inicialmente, Lula pretendia lançar o Plano Safra em Rondonópolis (MT) em 26 de junho, conforme anunciado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, após uma reunião anterior sobre o plano. No entanto, o evento foi adiado para o dia seguinte e transferido para o Palácio do Planalto. Mato Grosso é conhecido por ser um bastião do agronegócio, setor onde Lula enfrenta resistências significativas. Seu governo tem buscado fortalecer o diálogo com ruralistas, embora até o momento apenas um encontro, com produtores de frutas na Granja do Torto, tenha ocorrido.

Além disso, Lula tinha planejado visitar Goiânia nesta quinta-feira (4) para inaugurar unidades do Instituto Federal, evento que contaria com a presença da deputada federal Delegada Adriana Accorsi, pré-candidata do PT à prefeitura da capital goiana. No entanto, a agenda foi ajustada com uma viagem a Campinas, no interior de São Paulo, em substituição à visita cancelada.

Quanto à viagem planejada para Santa Catarina, ela representaria a primeira visita de Lula durante seu terceiro mandato. Apoiadores esperavam sua participação em um evento no porto de Itajaí, no litoral catarinense, no sábado (6). No entanto, a presença de Jair Bolsonaro na região, onde se reunirá com representantes da direita, incluindo o presidente argentino Javier Milei em Balneário Camboriú (SC), levou à decisão de não incluir a cidade catarinense na agenda prevista de Lula, segundo informações da Secom. (Fonte: Hora Brasília)


Rede social Koo, que tentou roubar lugar do X, encerra atividades

Plataforma vinha apresentado dificuldades para expandir base de usuários e gerar renda (Foto: Koo/Reprpodução)

Por Marcos Rocha
A rede social Koo, que surgiu como uma concorrente do X e foi alvo de muitas piadas com trocadilhos entre os brasileiros em 2022, vai encerrar suas atividades. Nos últimos meses, a plataforma enfrentou dificuldades para aumentar sua base de usuários e gerar receita. Os fundadores da rede social, Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka, anunciaram em um post no LinkedIn que, apesar das tentativas de parceria com empresas maiores, nenhuma delas deu certo. No X, a empresa também fez um post de despedida.

O Koo conseguiu levantar mais de US$ 60 milhões (cerca de R$ 333 milhões) em investimentos, mas essa quantia não foi suficiente para manter o negócio funcionando. Seria necessário um investimento a longo prazo para que a empresa se tornasse lucrativa, segundo os fundadores. A esperança da plataforma era ser vendida para a startup Dailyhunt, mas a negociação fracassou, acabando com as chances da empresa. No Brasil, o youtuber Felipe Neto foi um dos grandes impulsionadores da rede social, promovendo-a e incentivando seus seguidores a criarem contas.

A empresa se inspirava abertamente no Twitter, tanto no estilo de microblog quanto no seu símbolo, que também é um pássaro, mas amarelo. A plataforma ganhou popularidade na Índia durante períodos de tensão entre o Twitter e o governo indiano, quando a rede social desafiou pedidos de remoção de conteúdo.

O Koo permitia aos usuários se expressarem de maneira similar ao X, com a possibilidade de publicar fotos, GIFs, repostar vídeos do YouTube, fazer enquetes e gravar áudios, além de curtir posts, comentar e republicar conteúdo de terceiros.

No entanto, em 2023, com a queda no número de usuários, a empresa indiana tentou um programa de recompensas que oferecia “moedinhas” para quem acessava o serviço, mas não teve sucesso. Ainda na publicação de despedida, os fundadores do Koo prometeram continuar empreendendo e afirmaram que “voltarão à arena de uma forma ou de outra”. (Fonte: Conexão Política)


Biden reconhece que pode não conseguir salvar candidatura, diz New York Times

(Foto: Getty Images)

Por Agência EFE
O presidente dos EUA, Joe Biden, reconheceu a um aliado que pode não conseguir salvar sua candidatura se não convencer o público nos próximos dias de que está preparado para o cargo, segundo afirmou, nesta terça-feira (2), o jornal New York Times. Até agora, o presidente americano manteve-se publicamente firme na manutenção de sua campanha de reeleição para a Casa Branca, apesar das críticas do próprio partido após seu desempenho desastroso no debate da semana passada contra o ex-presidente republicano Donald Trump.

Embora o aliado, cuja identidade não foi revelada pelo jornal, tenha frisado que Biden ainda está “profundamente imerso” na luta pela reeleição, também ressaltou que o presidente “entende que as suas próximas aparições na televisão e em eventos públicos têm de correr bem”. Nos próximos dias, está prevista uma entrevista com George Stephanopoulos, da emissora ABC, e também comícios na Pensilvânia e no Wisconsin, dois dos estados-chave para definir o vencedor das eleições de 5 de novembro.

Segundo o New York Times, a fonte falou sob condição de anonimato para discutir “uma situação delicada” e, como destacou o jornal, é o primeiro indício que se torna público de que o presidente está considerando seriamente se poderá se recuperar depois de um desempenho desastroso no palco do debate em Atlanta. Um conselheiro sênior de Biden, que também falou sob condição de anonimato, disse que o presidente está “bem consciente do desafio político que enfrenta”.

O mandatário tem sido duramente criticado por sua atuação no debate em que projetou uma imagem envelhecida, com voz rouca e dificuldade para concluir algumas de suas frases, aumentando as dúvidas entre eleitores e membros do Partido Democrata sobre sua capacidade de continuar governando e enfrentar Trump nas eleições de novembro.

O presidente, de 81 anos, reconheceu nesta terça que “quase adormeceu” durante o confronto com Trump e atribuiu seu cansaço às viagens que tinha feito poucos dias antes à Itália, para a cúpula do G7, e à França, para o 80º aniversário do Dia D da II Guerra Mundial. (Fonte: Gazeta do Povo)


Putin quer explorar lítio e concluir instalação de um centro de pesquisa nuclear na Bolívia

O ditador da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Bolívia, Luis Arce, durante encontro em junho (Foto: Getty Images)

Por John Lucas
No começo do mês passado, o presidente da Bolívia, Luis Arce, que recentemente enfrentou problemas sérios em seu país, incluindo uma suposta tentativa de golpe de estado, cujos responsáveis estão sendo investigados, encontrou-se com o ditador da Rússia, Vladimir Putin, em São Petersburgo, durante uma reunião que prometeu mais do que simples cortesias diplomáticas.

Durante a conversa entre os dois líderes, que ocorreu no Palácio de Constantino, houve um claro direcionamento para fortalecer os laços bilaterais, com ênfase na exploração das vastas reservas de lítio da Bolívia pela Rússia. Além disso, ambos os países destacaram a importância de concluir a construção do centro de pesquisa nuclear em El Alto, um projeto ambicioso que está em marcha na Bolívia pelas mãos da gigante estatal russa Rosatom.

No encontro, Arce, que atualmente também enfrenta uma disputa política interna com Evo Morales, destacou o interesse da Bolívia em “ampliar sua cooperação” com a Rússia. Putin, por sua vez, reconheceu que o volume de comércio entre Rússia e Bolívia atualmente ainda é pequeno, mas expressou otimismo em relação ao potencial de crescimento dessa relação bilateral.

A Bolívia possui uma das maiores reservas de lítio do mundo, estimadas em 23 milhões de toneladas, o que representa uma oportunidade estratégica significativa para ambos os países. No ano passado, os bolivianos assinaram um acordo de mais de US$ 400 milhões com a Uranium One Group, uma empresa que pertence à Rosatom. Por meio deste acordo, a empresa russa obteve autorização para explorar o lítio boliviano na região de Salar de Uyuni, localizada no sudoeste do país sul-americano.

A Uranium One Group já está projetando a construção de uma planta industrial no local. Segundo Arce, essa instalação começará a funcionar a partir de 2025. Conforme informações, a planta industrial passará por três fases de implementação. Inicialmente, ela deverá produzir até 1.000 toneladas de carbonato de lítio por ano, avançando gradualmente até alcançar 14.000 toneladas por ano na fase final.

Além da questão do lítio, Arce e Putin discutiram ainda a conclusão do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear que está sendo construído na cidade de El Alto, localizada no departamento de La Paz. Este projeto está em marcha desde 2018, também sob supervisão da empresa russa Rosatom.

A instalação, que contará com um reator nuclear, está prevista para entrar em operação em meados de 2025, conforme afirmou Arce, que destacou também no encontro com Putin a importância do projeto, considerado por ele como “vital” para a “soberania tecnológica” da Bolívia.

Segundo a Rosatom, o centro está sendo construído por fases. A empresa disse em seu site que as duas primeiras fases dele já foram completadas. Elas incluem um departamento de medicina nuclear e radioterapia, inaugurado em 2022, e um centro de irradiação para melhoramento de sementes e controle de pragas, iniciado no ano passado. A terceira fase, a mais complexa, envolve o reator nuclear e deverá ser concluída até o começo do ano que vem. “Esta é a mais delicada e mais longa”, afirmou Arce sobre essa fase.

Além dos projetos envolvendo a exploração de lítio e do centro nuclear, o encontro entre Arce e Putin também abordou a importação de combustíveis, como diesel, para a Bolívia, já que o país enfrenta neste momento uma queda na produção nacional de hidrocarbonetos.

Arce também destacou os acordos no setor da educação que foram firmados com a Universidade de São Petersburgo. Tais acordos incluem a promoção de bolsas de estudos para os jovens bolivianos e também o envio de professores da universidade para ensinar o idioma russo no país. Há também planos para expandir a base comercial da Bolívia no mercado russo, com a exportação de produtos como café, palmito e chocolate.

Influência russa
Os acordos firmados entre Moscou e La paz podem simbolizar uma nova era de cooperação entre a Bolívia e a Rússia, que são observados com cautela pelos Estados Unidos, já que ela ocorre em um contexto de ampliação das relações internacionais do país sul-americano com o chamado “Eixo do Mal”.

A Bolívia também vem estreitando nos últimos anos seus laços com a China comunista e o regime islâmico do Irã. Em abril deste ano, a ministra das Relações Exteriores da Bolívia, Celinda Sosa, visitou a China para fortalecer a cooperação bilateral em áreas como turismo, tecnologia e energia. Os chineses também tem um forte interesse pelas reservas de lítio do país.

Além disso, La Paz também já firmou no ano passado acordos com Teerã nas áreas de defesa e segurança, com os bolivianos demonstrando forte interesse em adquirir drones fabricados no Irã. Tal acordo gerou preocupações entre os vizinhos latino-americanos e também nos EUA.

A afinidade política entre a Bolívia e a Rússia já estava se refletindo na postura do país sul-americano em órgãos internacionais, como as Nações Unidas, onde a Bolívia sempre se absteve de votar nas resoluções que condenavam a invasão russa na Ucrânia.

Segundo analistas, com esses acordos, Putin busca não apenas fortalecer a presença russa na América Latina, mas também assegurar recursos que atualmente são considerados como vitais para o futuro, como o lítio, uma matéria-prima essencial para a indústria de baterias e tecnologia de ponta. (Fonte: Gazeta do Povo)


Evento “Gilmarpalooza” é duramente criticado por imprensa europeia

(Foto: Poder360)

No coração de Portugal, um evento chamado Fórum de Lisboa, ou como foi satiricamente apelidado, “Gilmarpalooza”, despertou uma série de críticas e acusações. Organizado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o evento reuniu figuras de destaque e empresários com pendências no STF, levantando suspeitas de conflito de interesses e promiscuidade.

O jornalista João Paulo Batalha, em uma publicação feita pela revista Sábado, não poupou palavras ao classificar o encontro como, no mínimo, impróprio. Segundo ele, a iniciativa viola deveres básicos de reserva e recato esperados de uma figura pública de tal magnitude, expondo-se a evidentes conflitos de interesse.

A crítica mais contundente de Batalha está na escolha dos convidados. Dentre eles, figuravam empresários diretamente envolvidos em processos judiciais no Brasil. Essa situação cria uma aparência distorcida, como se o evento fosse uma plataforma para negociações obscuras, longe dos olhos do público brasileiro.

De acordo com as análises, não apenas a seleção de convidados foi questionável, mas a própria estrutura e apresentação do evento pareciam encobrir intenções menos nobres. O termo “transumância de lóbis”, utilizado por Batalha, ilustra a migração de influências empresariais brasileiras para Lisboa, numa tentativa de reconfigurar e consolidar poderes longe das restrições e vigilâncias habituais.

O Fórum de Lisboa pode ter causado mais um arranhão na imagem de Gilmar Mendes perante a opinião pública. Eventos como este, envoltos em críticas e suspeitas, contribuem para uma percepção de que as fronteiras entre o público e o privado estão sendo, não apenas cruzadas, mas ignoradas por figuras de autoridade.

É provável que o Fórum de Lisboa e as críticas vinculadas a ele incitem tanto repercussões judiciais quanto mudanças nas normativas sobre como membros do judiciário brasileiro devem se comportar em eventos públicos. A opinião pública, cada vez mais vigilante, possivelmente exigirá transparência e adequação estrita às normas éticas e legais.

Concluindo, o Fórum de Lisboa ressaltou não apenas a globalização das influências políticas e empresariais brasileiras, mas também a crítica urgente sobre a necessidade de maior integridade e transparência nas atividades de figuras públicas. O impacto deste evento na carreira de Gilmar Mendes e na percepção do STF pelo público ainda está por ser determinado, mas é indiscutível que as repercussões dessa “festa” serão sentidas por um bom tempo. (Fonte: Terra Brasil Notícias)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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