Ciência Tecnologia & Inovação

Cientistas criam dispositivo que permite astronautas beberem a própria urina

Baseada nos trajes do filme “Duna”, a tecnologia foi desenvolvida para tornar as caminhadas espaciais mais confortáveis

Durante suas caminhadas espaciais, astronautas enfrentam um desafio: fazer suas necessidades dentro dos trajes espaciais. Essa prática é desconfortável, anti-higiênica e um desperdício, já que a urina não é reciclada como no caso das águas residuais a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Por isso, pesquisadores apresentaram uma solução para contornar esse problema.
Inspirados nos trajes do filme “Duna”, que absorvem e purificam a água perdida através do suor e urina, pesquisadores da Universidade Cornell desenvolveram um sistema inovador de coleta e filtração de urina para trajes espaciais. A proposta é tema de um estudo publicado na revista Frontiers in Space Technologies.

Traje espacial que recicla urina (Imagem: Universidade Cornell/Frontiers/EurekAlert)

O dispositivo de coleta de urina inclui uma roupa íntima de múltiplas camadas de tecido flexível. que se conecta a um copo de coleta de silicone moldado. A tecnologia está disponível em diferentes tamanhos e formatos para homens e mulheres. A face interna do copo é forrada com microfibra de poliéster ou uma mistura de nylon-spandex, direcionando a urina para a face interna, de onde é sugada por uma bomba a vácuo.

Protótipo do traje espacial que recicla urina (Imagem: Universidade Cornell/Frontiers/EurekAlert)

Após a coleta, a urina é direcionada ao sistema de filtração, que recicla 87% da água através de um sistema de osmose direta e reversa. A água purificada é enriquecida com eletrólitos e bombeada para um saco de bebida no traje. Coletar e purificar 500 ml de urina leva apenas cinco minutos.

O design inclui um cateter externo a vácuo ligado a uma unidade combinada de osmose direta e reversa, fornecendo um suprimento contínuo de água potável com múltiplos mecanismos de segurança para garantir o bem-estar dos astronautas”, disse Sofia Etlin, líder do estudo e pesquisadora da Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

Fonte: History Channel Brasil

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