Novo tratamento para diabetes tem potencial revolucionário
Tratamento ainda precisa passar por testes com humanos, mas já representa uma esperança para quem convive com diabetes
Cientistas testaram uma nova terapia medicamentosa em ratos diabéticos e descobriram que ela aumentou as células produtoras de insulina em 700% ao longo de três meses, revertendo efetivamente a doença. A pesquisa sobre essa descoberta foi liderada pela Mount Sinai e pela City of Hope. O estudo foi publicado na Science Translational Medicine.
As células beta do pâncreas têm a importante função de produzir insulina em resposta aos níveis de açúcar no sangue, mas uma característica da diabetes é que estas células são destruídas ou não conseguem produzir insulina suficiente. O tratamento mais comum é feito com injeções regulares de insulina para controlar os níveis de açúcar no sangue. Mas uma linha recente de pesquisa envolveu a restauração da função dessas células beta.
Em alguns casos, isso começa com células-tronco sendo transformadas em novas células beta, que são então transplantadas para pacientes com diabete. Os pesquisadores por trás desse tipo de trabalho o descreveram como uma “cura funcional para a diabete”.
Cientistas do Monte Sinai demonstraram um novo avanço. Estudos anteriores envolveram principalmente o cultivo de novas células beta em uma placa de laboratório e depois o transplante delas em camundongos ou em um pequeno dispositivo em humanos. Mas este novo estudo conseguiu fazer crescer as células produtoras de insulina ali mesmo no corpo, em questão de meses.
Esta é a primeira vez que os cientistas desenvolvem um tratamento medicamentoso que comprovadamente aumenta o número de células beta humanas adultas in vivo”, disse o Dr. Adolfo Garcia-Ocaña, autor correspondente do estudo. “Esta pesquisa traz esperança para o uso de futuras terapias regenerativas para potencialmente tratar centenas de milhões de pessoas com diabete”, completa o pesquisador.
Até agora, a harmina sozinha foi recentemente submetida a um ensaio clínico de fase 1 em humanos para testar a sua segurança e tolerabilidade, enquanto outros inibidores DYRK1A estão programados para testes em humanos no próximo ano.
Fonte: Olhar Digital