Tecnologia & Inovação

Startup recebe sinal verde para testar avião espacial supersônico

Nova bateria de testes sem restrição de velocidade começa ainda neste mês

Por Vinicius Marques

A Autoridade de Aviação Civil vinculada ao governo da Nova Zelândia deu sinal verde para a startup Dawn Aerospace realizar testes sem restrições de velocidade com o avião espacial suborbital Mk-II Aurora. Quando começar a operar comercialmente, ele promete transportar cargas à velocidade Mach 3 — aproximadamente 3.700 km/h.
Na prática, a autorização governamental permite que a empresa realize testes a altitudes de 80 mil pés e a velocidades ilimitadas. Isso é fundamental para as aspirações da Dawn. Equipada com motores de foguete, a empresa pretende iniciar uma nova bateria de testes em velocidades supersônicas até o final de julho.

Os testes com o modelo, visto como bastante promissor, já acontecem desde 2021. Porém, demorou alguns anos para ser devidamente autorizado a realizar seu voo inaugural. Stefan Powell, CEO da empresa, acredita que este será o primeiro avião custeado com financiamento privado a quebrar a barreira do som.

Em desempenho total, o Mk-II voará mais rápido e 2,5 vezes mais alto do que qualquer aeronave que decola a partir de uma pista, incluindo a recordista, o SR-71 Blackbird. Esse é o benefício de trazer o desempenho de foguete para uma aeronave”, declarou Powell em um post recente no site da empresa.

Longo caminho pela frente
Até o momento a startup já realizou mais de 40 testes com motores a jato e também de foguete. Aliás, a empresa segue com novos experimentos agendados para os próximos dias. A próxima série de avaliações deve começar antes do fim do mês. Ela deve contar no total com 12 testes que, de acordo com a empresa, estão programados até o mês de setembro.

Ainda temos um longo caminho a percorrer antes de atingirmos o desempenho necessário para chegar ao espaço duas vezes em um dia, mas acreditamos fortemente de que estamos no caminho certo”, afirmou Powell.

A Dawn Aerospace classifica a aeronave como “reutilizável”. Ou seja, isso significa que o veículo movido a motores de foguete poderá realizar pelo menos dois voos para transporte de carga em um período de 24 horas. Tudo isso em velocidade supersônica. Assim, demanda uma série de avaliações rígidas para garantir que o avião não tripulado será capaz de atingir os resultados esperados em um cenário real.

Confira o vídeo sobre o projeto

Fonte: Giz Brasil

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