Economia

Rombo do governo Lula é de R$ 40,9 bi, e dívida vai a 77,8% do PIB

O cenário econômico brasileiro, especificamente o setor público consolidado, enfrentou um déficit primário significativo em junho de 2024. Este setor, que engloba a União, os estados e os municípios, registrou um déficit de R$ 40,9 bilhões. Para efeitos de comparação, no mesmo mês de 2023, o déficit foi de R$ 48,9 bilhões, sinalizando uma leve melhora.
Os números foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (29). Este déficit primário é relevante pois exclui o pagamento de juros, dando uma visão mais clara das finanças públicas e de sua sustentabilidade.

O déficit primário registrado no setor público consolidado em junho de 2024 se desmembra em várias partes. O governo central teve um déficit de R$ 40,2 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram um déficit de R$ 1,7 bilhão. Em contraponto, os governos regionais, que incluem os estados e municípios, anotaram um superávit de R$ 1,1 bilhão.

É importante notar que, em um período de 12 meses, o setor público acumulou um déficit de R$ 272,2 bilhões, equivalente a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor representa uma queda de 0,08 ponto percentual quando comparado ao déficit acumulado nos 12 meses até maio.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) é uma métrica essencial para entender a saúde financeira do país. Em junho de 2024, a DLSP chegou a 62,1% do PIB, o que equivale a R$ 6,9 trilhões. Este indicador teve um aumento de 0,1 ponto percentual no mês.

De acordo com o Banco Central, vários fatores contribuíram para esse resultado:
• Impacto dos juros nominais apropriados (+0,8 p.p.)
• Déficit primário (+0,4 p.p.)
• Desvalorização cambial de 6,1% no mês (-0,7 p.p.)
• Variação do PIB nominal (-0,3 p.p.)

Esses elementos mostram como diferentes aspectos econômicos podem influenciar a dívida líquida do país. No acumulado do ano, a DLSP aumentou 1,3 ponto percentual do PIB, refletindo impactos dos juros nominais, reconhecimento de dívidas, crescimento do PIB nominal e a desvalorização cambial.

Como Está a Dívida Bruta do Governo Geral?
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que cobre o governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, alcançou 77,8% do PIB em junho de 2024. Isso representa um total de R$ 8,7 trilhões e um aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.

Fatores que Contribuíram para o Aumento da DBGG:
1. Juros nominais apropriados (+0,6 p.p.)
2. Emissões líquidas (+0,6 p.p.)
3. Efeito da desvalorização cambial (+0,3 p.p.)
4. Variação do PIB nominal (-0,4 p.p.)

Ao longo de 2024, a dívida bruta cresceu 3,4 pontos percentuais do PIB, com destaque para a incorporação de juros nominais, emissão líquida de dívida, desvalorização cambial e o impacto do crescimento do PIB nominal. Esses dados mostram de forma clara e objetiva como está a situação das finanças públicas no Brasil, refletindo o desempenho fiscal em um momento de desafios econômicos.

Fonte: Terra Brasil Notícias

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